Em 2023, o Rio Grande do Sul registrou 5.327 casos novos de tuberculose. A incidência, de 46 casos a cada 100 mil habitantes, é 40% maior do que a média nacional, que é de 32 casos. Qualificar a assistência aos portadores das doenças, assim como possibilitar mudanças no cenário epidemiológico, é o objetivo da capacitação: Manejo clínico da tuberculose em adultos. Organizado pelo Programa Estadual de Controle da Tuberculose (Pect) da Secretaria da Saúde (SES), em parceria Ministério da Saúde, o evento começou nesta terça-feira (3/12) no Hospital Sanatório Partenon, em Porto Alegre.

A qualificação reúne 86 participantes, entre médicos, enfermeiros e farmacêuticos do Sistema Único de Saúde (SUS), inclusive do sistema prisional, que fazem parte de todas as Coordenadorias Regionais de Saúde do Estado, e conta com palestrantes da Coordenação Geral de Vigilância da Tuberculose, Micoses Endêmicas e Micobactérias Não Tuberculosas do Ministério da Saúde.

No primeiro dia, os participantes discutiram a prevenção primária e secundária à doença e os processos de notificação, investigação, acompanhamento e encerramento de casos, a partir das contribuições da doutora em infectologia e medicina tropical Liliana Vega, do coordenador regional de tuberculose da Secretaria da Saúde do Paraná, Francisco Beraldi, e da enfermeira e professora da Universidade Estadual de Maringá (PR), Gabriela Magnabosco.

A ação se integra à meta do país, em consonância com a Organização das Nações Unidas (ONU) e da Organização Mundial de Saúde (OMS), de eliminar a doença como problema de saúde pública até 2030. Atualmente, 10,6 milhões adoecem com tuberculose todos os anos no mundo, com 1,3 milhão de óbitos.

“O Rio Grande do Sul tem um número de casos considerável, com taxas de incidência maiores e taxas de cura menores do que a média do país”, explicou a coordenadora do Pect, Carla Jarczewski. 

A capacitação continua nesta quarta-feira (4/12), a partir das 9h.

_{Texto: Ascom SES
Edição: Secom}