O frango brasileiro e a gripe aviária na Carta de Conjuntura FEE
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A Fundação de Economia e Estatística divulgou, nesta quarta-feira, dia 12, a edição de abril da Carta de Conjuntura FEE, que apresenta, em sua capa, estudo sobre a produção brasileira de carne de frango no contexto internacional da gripe aviária. Segundo o presidente da FEE, economista Antonio Carlos Fraquelli, a produção brasileira de carne de frango atingiu 9,348 milhões de toneladas em 2005, das quais 2,762 milhões foram destinadas às exportações. De 2004 para 2005, os níveis de produção e de exportações do setor registraram incrementos de 11,2% e 13,9%, enquanto a participação nacional nas exportações mundiais se manteve em torno de 40% no biênio. Lembrou que, enquanto isso, focos da gripe asiática na China, na Índia e, mesmo, na França, estremeciam a confiança do consumidor mundial, provocando um recuo do consumo, os bons números da economia mundial ainda mantinha o otimismo do produtor brasileiro, tanto que as exportações continuavam crescendo até dezembro de 2005, quando os primeiros resultados de 2006 já apontavam os primeiros sinais de retração. “O produtor brasileiro viu-se obrigado a ajustar sua cadeia produtiva, passando, então, a trabalhar com a restrição da redução da demanda externa do produto, tendo em vista que houve retraimento dos mercados consumidores do Oriente Médio, da Rússia e do Japão”. Com a nova realidade de restrição do consumo mundial do produto, além da redução dos alojamentos de frangos em aviários e de ajustes no nível dos empregos, os produtores locais, juntamente com o Governo gaúcho, definirem estratégias para conter a entrada do vírus H5N1, culminando com a criação do Comitê para Enfrentamento da Pandemia de Influenza Aviária no Rio Grande do Sul que, através de quatro subcomitês, deverá apresentar, no dia 24, o Plano de Contingência Regional.