Uma das mais importantes obras do impressionismo francês e que integram a exposição Arte na França 1860 -1960: O Realismo, o quadro Cahen dAnvers, de Renoir, conhecido como Rosa e Azul, foi aberto nesta sexta-feira (10), no Museu de Arte do Rio Grande do Sul (Margs). A exposição, que faz parte da programação do Ano da França no Brasil, abre ao público no dia 14 e pode ser visitada até 30 de agosto, e foi viabilizada a partir de parceria assinada pela governadora Yeda Crusius com o Museu de Arte de São Paulo (Masp).

Pertencente ao acervo do Masp, a obra foi adquirida pelo fundador do museu, Assis Chateaubriand, e depois pelo diretor do Masp, Pietro Maria Bardi, crítico de arte italiano. Rosa e Azul sintetiza ainda algumas das preferências de Renoir. O nome remete às tonalidades que estarão presentes em muitas das telas, sendo suas cores favoritas. O quadro apresenta uma mistura de técnicas que marca o trabalho do pintor francês. A tela, pintada em 1881, foi encomendada pelo banqueiro judeu Louis Raphael Cahen dAnvers, pai das meninas que aparecem no quadro - Alice e Elisabeth. A família do banqueiro não gostou do resultado, e o quadro ficou esquecido, escondido em um lugar qualquer da casa e muitos anos depois foi redescoberto. O quadro, porém, tem uma história que poucos conhecem. Na Segunda Guerra Mundial, a mais nova morreu num campo de concentração, conta o coordenador de produção da exposição, Henrique Luz.

Durante a mostra, com visitação de terça a domingo, das 10h às 18h, o Margs cobrará o ingresso solidário, recolhendo roupas e alimentos a serem destinados ao Comitê de Ação Solidária do Governo do Estado, presidido por Tarsila Crusius. Mais informações poderão ser obtidas no Margs, Praça da Alfândega, s/n° - Porto Alegre ou pelo telefone (51) 3227-2311.