Operação Controle-Remoto desarticula quadrilha que praticava homicídios, tráfico de drogas e armas
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Um trabalho conjunto, de três meses, dos serviços de inteligência das polícias Civil e Federal foi decisivo para desarticular, nesta quinta-feira (21), uma quadrilha que comandava crimes de dentro de presídios gaúchos. Os delitos principais apontados pelas autoridades policiais são homicídios, tráfico de drogas e armas. A Polícia Civil prendeu 13 pessoas da quadrilha ao cumprir 22 mandados de busca e apreensão na Capital e municípios da região metropolitana. Entre os detidos, está um empresário do ramo calçadista que, segundo a polícia, repassava dinheiro para o grupo utilizar como capital de giro em suas ações criminosas. As pr isões ocorreram em Porto Alegre, Novo Hamburgo, São Leopoldo, Parobé, Viamão e Charqueadas. Outros 20 integrantes do bando já se encontravam presos. A polícia apreendeu, em um sítio localizado em Parobé, armas, computadores, celulares, chips, agendas, documentos e miguelitos (metal retorcido para perfurar pneus). No local, foi preso Marcos Marcelo do Nascimento. O líder da quadrilha Jean Galean, vulgo Maradona, está preso há três anos na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc), no Rio Grande do Sul. Ele é suspeito de mandar executar o assaltante de carros-fortes Dilonei Francisco Melara. De acordo com o delegado Juliano Ferreira, titular da Delegacia de Homicídios, do Deic, a quadrilha possuía características de crime organizado. Ferreira acredita que o grupo interagia com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Segundo Ferreira, as motivações para os crimes eram disputas por pontos de tráfico com gang ues rivais. Segundo o diretor do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), delegado Ranolfo Vieira Júnior, participaram da operação 130 policiais civis oriundos do Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc), do Grupamento de Operações Especiais (GOE), da 3ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana (DPRM) e do próprio Deic.