As guaritas começam a ser organizadas e preparadas para o salvamento às 8h, quando os salva-vidas da 44ª Operação Golfinho já visualizaram as condições do mar e estipularam a cor da bandeira do dia. Os cuidados começam cedo, para que os veranistas possam ser orientados e tenham condições de aproveitar com segurança o banho de mar. Em Imbé, a distância entre uma guarita e outra é de 150 metros, o que proporciona agilidade no salvamento e melhor visualização de todas as áreas próprias ao banho.

Conforme o soldado Gabriel Campos Chaves, que há 11 anos trabalha na Operação Golfinho na praia de Imbé, a primeira obrigação do salva-vidas é verificar a condição do mar, colocar a bandeira propicia para o dia e começar a montagem da guarita para que em caso de salvamento o profissional possa chegar mais rapidamente a vítima. Nossa obrigação é entrar no mar, estabilizar a vitima, acalmar e depois não ter pressa para sair, assim não geramos um segundo trauma ao afogado.

Somos a guarita que mais realizou salvamentos, e isso que trabalhamos com a prevenção, orientando as pessoas, mas infelizmente não são todos que estão habituados a ouvir o apito e sair do mar, alguns ficam com vergonha, mas o banhista não é obrigado a saber o que está acontecendo no mar, nós sim somos obrigados a saber e dizer para os banhistas se o local é propicio ou não para o banho, disse Gabriel. A guarita 134, onde ele trabalha, é a que mais realizou salvamentos nas praias do Litoral Norte.

Prevenção
O primeiro cuidado que as pessoas devem ter ao chegar à praia é perguntar ao salva-vida qual o melhor local para tomar banho. Também é preciso verificar a situação das bandeiras, que conforme padrão internacional tem as cores de um semáforo (vermelho, amarelo e verde), afirma o salva-vidas. O veranista tem que confiar no salva-vidas. Se nós estamos apitando é porque a pessoa realmente está em um local de perigo. Muitas vezes sabemos que as pessoas estão com água na cintura, mas a dois, três metros adiante pode cair em uma corrente de retorno, vindo a ocorrer o salvamento. Se nós estamos pedindo para o banhista sair de determinado local é porque é realmente perigoso, reforça Gabriel.

O que não é permitido utilizar ou consumir no mar:
- Objetos flutuantes como colchões infláveis, boias e câmaras de caminhão;
- Fones de ouvido;
- Não comer demasiadamente antes de entrar no mar;
- Bebida alcoólica;

Conheça o significado das bandeiras:
Vermelha - Mar perigoso
Amarela - Mar que requer atenção no banho
Verde - Mar mais sereno, propicio ao banho
Azul - Aparece embaixo da bandeira do dia indicando que há uma pessoa encontrada

Texto: Daiane Roldão da Silva
Foto: Alina Souza/Especial Palácio Piratini
Edição: Redação Secom