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Orquestra apresenta Sibelius e Concerto de Aranjuez

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A TVE exibe nesse domingo (29), o segundo concerto da Temporada 2011 da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (OSPA) realizado no dia 29 de março, na Igreja da Ressurreição do Colégio Anchieta em Porto Alegre. A orquestra teve regência do suíço Nicolas Rauss, tendo à frente o solista Thiago Colombo. A programação incluiu Finlândia, op.26, de J. Sibelius, Concerto de Aranjuez, de Joaquín Rodrigo, e a Sinfonia nº 2, op.43 em ré maior, também de J. Sibelius.

O regente

O maestro suíço Nicolas Rauss desde os 23 anos participa de festivais internacionais. Foi indicado por unanimidade para o 1º Prêmio no 6º Concurso Internacional de Regência Orquestral Gino Marinuzzi, de Sanremo, com apenas 27. Foi maestro titular da Orquestra Filarmônica de Mendoza, na Argentina, e atualmente é regente convidado de várias orquestras sul-americanas, como a sinfônica do Chile e do Sodre (Uruguai). Na Europa, costuma reger a Sinfônica Nacional da Geórgia e as Orquestras de Jovens dos Estados de Schleswig-Holstein, Niedersachsen e da Bavária, na Alemanha. Os jornais suíços Le Courrier, de Genebra, e Der Bund, de Berna, elogiaram seu trabalho, dizendo que ele rege com precisão, concisão e flexibilidade. Não há gesto dele que não seja seguido de uma reação intencional da orquestra.

O solista

O violonista Thiago Colombo de Freitas é professor do Centro de Artes da UFPel e integra o núcleo de música contemporânea (NuMC) da instituição. É mestre em música pela UFRGS e ex-aluno de grandes nomes da música sul-americana, como Eduardo Isaac. Já recebeu vários prêmios em concursos na Espanha e Portugal, além de várias cidades brasileiras. Foi solista frente à Orquestra Sinfônica da Udmurtia na Rússia e, nos últimos anos, tem trabalhado como concertista, professor e palestrante em vários festivais de música do Brasil, Argentina e Uruguai. Gravou seu primeiro CD solo em 2003 e recebeu três prêmios Açorianos. Thiago Colombo integrou o grupo musical Trezegraus e, em 2010, apresentou-se, junto com o NuMC, no Cicle de Musique Contemporaine na Maison do Brésil, em Paris, França.

Finlândia, Op. 26, de J. Sibelius

Mais do que hino nacional finlandês é considerada um símbolo do país. Foi composta durante um período de provações na eterna luta finlandesa contra a opressão. A contribuição de Sibelius se deu através da suíte orquestral intitulada A Finlândia desperta. O final dessa suíte é o que mais tarde se tornaria a mundialmente célebre obra. Por toda parte o público percebeu nessa música não só a impressão de um exilado que regressa à terra natal, mas o próprio caráter e alma daquele país.

Sinfonia nº 2, de J. Sibelius

É uma produção do século XIX. Eslava pelo espírito e pela expressão possui a mesma tendência de Tchaikowsky para dar ênfase ao dramático e ressaltar emoções. Em suas sinfonias posteriores haveria de alcançar a economia sonora, mas nesta acumula efeitos, cores e sentimentos com maestria. Composta durante a passagem de Sibelius pela Itália, a música reflete um caráter pastoral que permeia todos os movimentos, sem nunca esquecer a pátria natal.

Concerto de Aranjuez, de Joaquín Rodrigo

O Concerto de Aranjuez representa a vitória do espírito sobre o corpo. Interpretado pela primeira vez em 1940, em Madrid, pelo violonista Regino Sains de La Manza, o Concerto fora composto no ano anterior, após a Guerra Civil, quando Rodrigo retornara de Paris. O título da obra confirma o apego do compositor às idéias de nacionalismo espanhol, movimento que o aproximaria de Manuel de Falla. Aranjuez é uma cidade na Nova Castela, ao sul de Madrid, conhecida pela imponência de seu castelo, erguido no século XVIII

Texto: Anahy Metz
Edição: Palácio Piratini 

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