Ospa abre temporada com o melhor de Mozart
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Na próxima terça-feira (21), a Ospa realiza o concerto de abertura da temporada dedicado aos 250 anos de nascimento de Wolfgang Amadeu Mozart. Neste, que será o primeiro dos cinco grandes concertos dedicados a Mozart, a Ospa terá 200 músicos no palco, entre solistas, músicos e integrantes do Coro Sinfônico da Ospa. Sob a regência do maestro Manfredo Schmiedt, serão executadas algumas de suas obras mais importantes - a Missa da Coroação, em Dó Maior, a mais conhecida do compositor, a Abertura da ópera Don Giovanni, considerada a melhor ópera de Mozart, e o Concerto para Clarinete e Orquestra em Lá Maior. A genialidade de Mozart será traduzida nessas obras que apresentam três estilos musicais diferentes – a ópera, o concerto e a música sacra, afirma o maestro Manfredo Schmiedt. O jovem clarinetista Ramon Stein, um dos vencedores do Concurso Jovens Solistas de 2006, interpretará o solo do concerto para clarinete, dando início a uma das principais inovações da programação 2006 - dar oportunidade aos jovens talentos de estarem à frente de uma orquestra na temporada oficial. Estarão atuando como solistas na Missa, a soprano Elisa Machado, a mezzo-soprano Clarissa Viçosa, o tenor Pedro Szobot e o baixo-barítono Daniel Germano. A Ospa realizará, ainda este ano, mais quatro concertos exclusivos com obras de Mozart, sendo dois sob a regência do maestro Isaac Karabtchevsky - o primeiro com obras sacras, na Catedral Metropolitana, no dia 9 de maio, e o segundo no domingo, 14 de maio, no Salão de Atos da Ufrgs. Solistas O jovem clarinetista gaúcho, Ramon Stein, que venceu o Concurso Jovens Solistas da OSPA em 2004 e 2006, participou do projeto Curupira, Histórias, Mitos e Lendas das Florestas Brasileiras, coordenado pela professora Helena Nunes, apresentando-se em 23 cidades da Alemanha. Participa, desde 2001, da Orquestra de Sopros Eintracht de Campo Bom e da Orquestra Municipal de Novo Hamburgo, desde 2003. Atualmente, estuda no Conservatório Pablo Komlós, com o professor Diego Grendene, e cursa Bacharelado em Música na Ufrgs, onde é aluno de Augusto Maurer. Atual orientadora vocal do Coro do Sesc e Professora Substituta de Canto na Ufrgs, a soprano Elisa Machado foi solista do concerto dedicado a Giuseppe Verdi (Quatro Peças Sacras), com a Ospa, regida pelo Maestro Isaac Karabtchevsky em 2003, tendo sido a primeira colocada no Concurso de Canto Decápolis de Andrade, promovido pela OSUCS, no mesmo ano. Bacharel em Música pela Ufrgs (habilitação em canto), Elisa participou, também, do Ópera Studio, em Petrópolis/ RJ, onde interpretou a Segunda Dama, em A Flauta Mágica, de Wolfgang A. Mozart. A mezzo-soprano gaúcha Clarissa Viçosa, Bacharel em Canto pela UFRG, vem atuando como solista em obras como Dixit Dominus, de Vivaldi, Missa em Dó Maior, de Beethoven e Magnificat, de J. S. Bach. Clarissa foi vencedora do Concurso Jovens Solistas da OSPA em 2001 e atuou como solista na primeira montagem encenada no Brasil do oratório Elias, de Mendelssohn, sob a regência de Mazias de Oliveira. O tenor lírico Pedro Szobot participou como solista da Missa Solene de Santa Cecília de Gounod com a Ospa, em agosto de 2005, sob a regência do maestro Manfredo Schmiedt e da “Missa de Requiem” de Mozart com a Orquestra de Câmara da Ulbra, em novembro de 2005, sob a regência do maestro Tiago Flores. Pedro que passou a integrar o Coro Sinfônico da Ospa em 2004, participou, também, das festividades do Natal Luz, em Gramado, no show “Nativitatem”, de novembro de 2005 a janeiro de 2006. Dentre as principais peças já interpretadas pelo baixo-barítono carioca Daniel Germano, destacam-se o Requiem e a Missa da Coroação, de Mozart, a Paixão Segundo São João e o Magnificat, de Bach, o Messias, de Handel, e o Oratório de Natal, de Saint Saëns. Daniel registrou em CD composições do padre José Maurício Nunes Garcia, no ano de 2004 e no ano seguinte foi semifinalista do V Concurso Internacional de Canto Bidu Sayão, em Belém do Pará. Atualmente, está radicado em Porto Alegre. Regente Atual Regente Assistente e do Coro Sinfônico da Ospa, o maestro Manfredo Schmiedt realizou Mestrado em Regência na Universidade da Geórgia (EUA), tendo atuado como regente assistente da Orquestra Sinfônica daquela universidade, de 1996 a 1998, com a qual realizou concertos, tanto nos Estados Unidos, como na Itália. Em 2002 regeu a Filarmônica de Belgrado (Iugoslávia), sendo o primeiro brasileiro a reger esta renomada orquestra. Desde 2003, Manfredo atua, também, como maestro convidado principal da Orquestra Sinfônica da Universidade de Caxias do Sul. Programa A ópera Don Giovanni de Wolfgang Amadeus Mozart, considerada por muitos sua obra prima no gênero, estreou no Teatro Nacional de Praga em outubro de 1787 - mesmo local onde um ano antes estreara As bodas de Fígaro. Do mesmo libretista, Lorenzo da Ponte, o enredo refere-se a uma trama sobre um incorrigível sedutor, que mata o pai de uma de suas mulheres em uma briga de rua. Depois de muitas aventuras, Don Giovanni encontra a estátua de sua vítima e a convida para jantar. Ao aceitar, a estátua anuncia que Don Giovanni está prestes a pagar por seus terríveis pecados e arcar com seus vícios e perdições. A terra literalmente se abre e as chamas latejantes do inferno sobrepujam Don Giovanni. Beethoven disse, certa vez, que jamais teria composto uma ópera de tema tão imortal. Wolfgang Amadeus Mozart (Salzsburg-1756; Viena-1791) compôs o Concerto para Clarinete e Orquestra K. 622 entre setembro e novembro de 1791. No último quartel do século XVIII, este instrumento de invenção recente era pouco conhecido e seu uso restringia-se ao dobramento das flautas e oboés. Isto até que Mozart conhecesse o virtuose Anton Stadler e produzisse obras destinadas a realçar o timbre aveludado do instrumento. A perfeição formal e a elevação de espírito haveriam de outorgar, não fosse o Réquiem, o valor de testamento a esta que é uma das últimas obras de Mozart. Dentre as composições sacras de Mozart, a Missa da Coroação - tornou-se, juntamente com a Missa em dó menor (K. 427) e o Réquiem (K. 626), uma das mais respeitadas composições sacras, que remonta ao tempo em que Mozart ainda morava em Salzburg. Mozart compôs a Missa para um quarteto solista, coro e orquestra. Da mesma forma que Haydn e Beethoven, o compositor tratou o quarteto solista como uma unidade, o coro, de forma predominantemente homofônica e não fez uso da escrita imitativa característica que finaliza outros movimentos de Gloria e do Credo. Serviço: Quando: terça-feira, 21 de março, às 20h30min Onde: Teatro da Ospa (Av. Independência, 925) Valor do Ingresso: R$ 15 (50% de desconto para estudantes e pessoas acima de 60 anos), 30% de desconto para assinantes do Clube ZH Os ingressos estão à venda na bilheteria do teatro (segundas, terças, quintas e sextas-feiras, das 13h às 19h – telefone: (51) 3311-7944).