Em seu primeiro concerto no Salão Nobre da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, nesta terça-feira (4), às 20h30, a Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (Ospa) apresenta repertório especial para diferentes formações de sopro e percussão. Serão interpretadas obras emblemáticas do século 20 para esses instrumentos e peças mais contemporâneas, incluindo a estreia mundial de uma composição do brasileiro Sérgio di Sabbato. A regência é de Marcelo Jardim, diretor musical da Orquestra de Sopros da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que vem pela primeira vez a Porto Alegre para conduzir um concerto. A entrada será franca.

Marcelo é professor da Escola de Música da UFRJ e desenvolve pesquisa de doutorado na UNIRIO, onde atua na recuperação, revisão e edição de todas as obras originais e arranjos de Heitor Villa-Lobos para banda de música e banda sinfônica. O maestro, que é diretor artístico do Festival Música das Américas e do Festival Internacional de Música do Pará, mantém uma movimentada agenda internacional como regente convidado e palestrante na América Latina, Europa e nos Estados Unidos.

Sobre o programa de terça-feira, ele diz: "Traremos a literatura tradicional para as formações de sopros e percussão, as peças que marcaram a música do século 20 e também obras mais atuais". O maestro aprova a ideia da Ospa de diversificar os programas na Temporada 2015. "O repertório para seções de músicos de orquestra foi muito ampliado na segunda metade do século passado. Variar as formações possíveis de instrumentos dentro da orquestra permite que se executem músicas que são tocadas mais raramente", afirma.

A primeira obra que ele conduzirá será Fanfarra, escrita em 2007 por Rafael Bezerra, compositor carioca nascido em 1979. Na sequência, será revisitado um nome consagrado: Igor Stravinsky(1882-1971). O Octeto para Instrumentos de Sopro do compositor russo que a Ospa executará foi finalizado em 1923.

A produção do espanhol Joaquín Rodrigo (1901-1999) será contemplada com a  interpretação de Adagio para Sopros, de 1966. Depois, virá Toccata, obra do mexicano Carlos Chaves (1899-1978), composta para instrumentos de percussão a partir de encomenda de John Cage, estreada em 1948.

O repertório terá ainda a música composta no Brasil Brasiliana (Symphony for Chamber Winds), composição de 1996 de João Guilherme Ripper. O cânone da música nacional ganha destaque em Homenagem a Heitor Villa-Lobos, de Camargo Guarnieri (1907-1993), obra seguinte do programa.

Para fechar o concerto, a Ospa fará a estreia mundial de Noturno – O Canto do Urutau, de Sérgio di Sabbato. O maestro Marcelo Jardim conta a história da obra, por ele encomendada: "Ela se baseia na lenda amazônica do canto do urutau, pássaro de canto mágico, utilizando as duas notas desse canto".

A Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre fica na Rua Sarmento Leite, 245. Mais informações, pelo site www.ospa.org.br ou pelo telefone (51) 3222-7387.

Texto: Ascom/Ospa
Edição: Rui Felten/Ccom