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Ospa pelos caminhos do Rio Grande chega a Santa Maria

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O Programa Cultural de Interiorização da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre 2011/2012 faz sua última apresentação em Santa Maria, nesta segunda-feira (03), às 20h30, no Santuário Nossa Senhora Medianeira. A apresentação comemora os 50 anos do Centro de
Ospa pelos caminhos do Rio Grande chega a Santa Maria

O Programa Cultural de Interiorização da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre 2011/2012 faz sua última apresentação em Santa Maria, nesta segunda-feira (03), às 20h30, no Santuário Nossa Senhora Medianeira. A apresentação comemora os 50 anos do Centro de Artes e Letras (CAL) e do Curso de Música da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

O programa da importante celebração, da qual também faz parte o Natal do Coração, promovido pela Prefeitura de Santa Maria e entidades empresariais, será dedicado à obra em que Ludwig van Beethoven (1770-1827) reinventou a música sacra: a Missa Solene em Ré Maior op. 123. O concerto irá contar com a participação dos solistas Elisa Machado (soprano), Angela Diel (mezzo-soprano), Eduardo Bighelini (tenor) e Ricardo Barpp (baixo-barítono), e do Coro Sinfônico da Ospa, sob a regência do maestro Manfredo Schmiedt. O projeto tem o patrocínio da Planalto Transportes, com o financiamento do Pró-Cultura/Secretaria de Estado da Cultura (Sedac) - Governo do Estado do RS.

Em seu processo de criação, Beethoven se dedicou a estudar os mestres dessa tradição musical, Bach e Handel, mas não seguiu os mesmos passos. Tomou liberdade inclusive de extrapolar o tempo determinado para as cerimônias litúrgicas, impossibilitando sua utilização no serviço da igreja, pelo menos integralmente. A Missa Solene também foi julgada imprópria para esse uso em função da novidade musical que trazia, que certamente distrairia os fiéis da mensagem religiosa contida no texto.

Apesar de sua inadequação ao ritual na igreja, a Missa Solene é considerada uma confissão de fé do compositor. O biógrafo Emil Ludwig salienta que, apesar de a obra não ser nem católica, nem protestante, foi concebida por um homem profundamente religioso. Beethoven começou a compor a obra com a intenção de que fosse estreada na cerimônia em que o Arquiduque Rudolph, seu mais importante mecenas e filho do imperador Leopold II, seria nomeado Arcebispo de Olmütz, em 1820. Mas não a finalizou a tempo de apresentá-la na grande ocasião. Só em 1823 Beethoven pôde, oficialmente, presentear o Arcebispo com um manuscrito integral. Mesmo assim, ainda efetuou várias alterações na partitura posteriormente.

Este concerto faz parte do projeto de apresentações da Ospa no interior do estado, que leva às comunidades uma programação de alta qualidade. O objetivo é investir na popularização da música sinfônica e na formação de novas plateias no Rio Grande Sul. A iniciativa tem financiamento do Sistema Pró-cultura/RS, que apóia sistematicamente a realização de concertos em parceria com a iniciativa privada.

Manfredo Schmiedt - regente
É o regente titular e diretor artístico da Orquestra Sinfônica da Universidade de Caxias do Sul e regente do Coro Sinfônico da Ospa. Fez mestrado em Regência pela Universidade da Geórgia (EUA) e graduação em Regência pela UFRGS, além de participar de cursos de regência na Alemanha, Holanda, Argentina, Estados Unidos e Brasil. Estudou com renomados maestros. Foi regente assistente da Orquestra Sinfônica da Universidade da Geórgia por dois anos e, durante quatro, assistente do Maestro Isaac Karabtchevsky na Ospa. Regeu importantes orquestras brasileiras e do Exterior.

Elisa Machado - soprano
Graduada pela UFRGS, foi integrante e preparadora vocal do Coro Sinfônico da Ospa. Apresentou-se com várias orquestras no Rio Grande do Sul e, entre as obras executadas, estão as óperas Bastien und Bastienne, A Flauta Mágica e Boiúna - A Lenda da Noite. Atualmente é preparadora vocal do Coral EmCanto dos Correios e do Coro do SESC/RS. Trabalha técnica e repertório com o barítono Carlos Rodriguez.

Angela Diel - Mezzo-soprano
Atua como solista em óperas, oratórios, missas e cantatas com a Orquestra Sinfônica de Porto Alegre, Centro Musical da PUC/RS, Orquestra SESI/Fundarte, Orquestra da Ulbra, Orquestra do Theatro São Pedro, Orquestra Unisinos, Orquestra Sinfônica da UCS e Orquestra do Teatro Nacional de Brasília. Atua também como camerista com destaque para o lied e a canção brasileira. Lançou o CD Cantares (1999) e o CD Canto Brasileiro (2009), com apoio do Fumproarte, culminando com espetáculo cênico-musical no Teatro Renascença. Ganhou o Prêmio Açorianos de Música de melhor intérprete erudita em 2009. Realizou vários cursos de aperfeiçoamento vocal em Viena e Bruxelas e, desde 2009, apresenta-se anualmente em Bruxelas, Luxemburgo e em várias cidades da Alemanha com os pianistas Marie Boulanger, André Dolabella e Rei Nakamura, apresentando canções eruditas brasileiras e alemães.

Eduardo Bighelini - tenor
É um dos cantores profissionais mais solicitados e indicados da capital gaúcha por possuir extenso repertório, versatilidade, interpretação e unir sempre muita emoção com uma refinada técnica vocal. Realiza anualmente concertos líricos, recitais e eventos ao ar livre com a Orquestra Sinfônica da UCS, Unisinos e com a Ospa. Possui participações em CDs e DVDs de diferentes gêneros musicais, abrangendo desde o popular ao erudito. Estuda com o professor Sílvio Corrêa desde 2004.

Ricardo Barpp - baixo-barítono
Graduado em Canto pela UFRGS, tem se apresentado com diversas orquestras e grupos de câmara do estado, entre eles a Orquestra Sinfônica de Caxias do Sul, Orquestra de Câmara Fundarte, Orquestra de Câmara do Theatro São Pedro e Ospa. Participa com frequência de recitais de música de câmara em Porto Alegre e no interior do estado. Desde 2008 atua na montagem de La Serva Padrona, de Pergolesi, num projeto do Sesi e da Fundarte de Montenegro. Em 2010, colaborou na montagem da ópera As Sete Caras da Verdade, de Nico Nicolaiewsky. Atualmente desenvolve atividade didática, inclusive como professor de técnica vocal do Coro Sinfônico da Ospa, paralelamente a sua atuação como solista em música de câmara e ópera.

Ospa pelos caminhos do Rio Grande é uma realização da Ospa, com promoção da Prefeitura de Santa Maria, Secretaria Municipal de Cultura e Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), apoio do Park Hotel Morotin, patrocínio da Planalto Transportes e financiamento do Pró-Cultura/Secretaria de Estado da Cultura - Governo do Estado do RS.

Serviço:
O que: Ospa pelos caminhos do Rio Grande
Quando: 03 de dezembro (segunda-feira), às 20h30
Onde: Santuário Nossa Senhora Medianeira (Av. Nossa Senhora Medianeira, 631)
Entrada franca

Texto: Asscom Sedac
Foto: Camila Domingues
Edição: Redação Secom

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