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Parceria do governo com a USP ampliará alcance de tecnologia que precifica produtos

A ferramenta, que já ajudou o RS a economizar cerca de R$ 700 milhões, utilizará inteligência artificial

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Card em fundo cinza, no qual está escrito Fazenda ao centro, logo abaixo de um ícone formado por uma imagem composta de moedas empilhadas à esquerda, uma calculadora à direita e uma folha de papel com um cifrão desenhado ao fundo. No canto inferior direito está a logomarca utilizada pela gestão 2023-2026 do governo do Rio Grande do Sul.
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A Secretaria da Fazenda (Sefaz), por meio do Tesouro do Estado, celebrou um termo de cooperação técnica com o Centro de Inteligência Artificial da Universidade de São Paulo (USP) para o desenvolvimento de um projeto de precificação com base na Nota Fiscal Eletrônica (NF-e). A parceria vai contribuir para um salto tecnológico, ao garantir que a ferramenta que gera economia nas aquisições de bens e produtos pelo Estado faça uso das metodologias mais avançadas disponíveis no mercado. A apresentação foi feita na manhã desta quinta-feira (13/2) durante o evento PIT Talks, promovido pelo Programa de Inovação do Tesouro (PIT),

A partir do convênio com as USP, serão utilizadas tecnologias como grandes modelos de língua (LLM) e inteligência artificial generativa no processo de precificação dos produtos, permitindo que um maior número de itens tenha seus valores de referência identificados de forma mais precisa. O mapeamento desses preços praticados pelo mercado garante economia nos processos licitatórios realizados pelo Governo do RS, conforme explica o gerente do projeto, Israel Fama: “O foco do convênio é trazer as tecnologias de ponta em tratamento de texto, aumentando a capacidade de automação e a análise mais flexível de novos dados”.

No evento, Fama apresentou uma linha do tempo, lembrando que a oportunidade de utilizar a base de dados das notas fiscais eletrônicas foi observada em 2012, em conjunto com a Receita Estadual, com o objetivo de estabelecer preços referenciais de mercado para qualificar as compras públicas. A análise começou pelos medicamentos, por ser possível identificar as transações por meio do código de barras informado pelos contribuintes. Em 2016, a metodologia já estava consolidada e implementada na Secretaria da Saúde e no Instituto de Previdência e Saúde do Rio Grande do Sul.

Ao longo dos anos, o projeto passou por uma evolução tecnológica. Entre 2019 e 2023, a metodologia avançou, de modo que passou a permitir a precificação de outros produtos, além de medicamentos, auxiliando, assim, a Central de Licitações (Celic). O subsecretário do Tesouro do Estado, Eduardo Lacher, ressaltou que a iniciativa já garantiu a economia de mais de R$ 700 milhões aos cofres públicos e que agora ela entra em uma nova etapa.

“Lembro bem do início desse projeto, quando o Ricardo Neves e o Newton Guaraná, da Receita Estadual, apresentaram a potencialidade desse tipo de análise. Desde lá, viramos referência nacional e internacional, com o toolkit para implantação em conjunto com o Banco Interamericano de Desenvolvimento. Essa parceria com a USP nos orgulha muito e nos coloca em outro patamar. É um projeto muito importante para sociedade gaúcha, fruto de um grande esforço tecnológico e que vai garantir, a partir de agora, a precificação de um leque mais amplo de produtos”, celebrou.

Após o lançamento do convênio, o PIT Talks seguiu tratando sobre o tema. Os colaboradores presentes ao evento acompanharam a palestra: Mineração de Textos na Era dos Grandes Modelos de Língua (LLM), ministrada pelo professor da USP, Ricardo Marcacini. Ele forneceu  mais detalhes sobre a tecnologia que será utilizada para a precificação de produtos no RS, reforçando também a possibilidade de ela seja incorporada em outras atividades da administração pública.

Texto: Ascom Sefaz
Edição: Secom

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