Parque eólico de Osório deve gerar R$ 11,5 milhões de ISSQN ao município até o final do ano
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O parque eólico que está em construção em Osório já gerou R$ 1,5 milhão de ISSQN (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza) ao município. Os recursos são provenientes das empresas prestadoras de serviço da obra, que iniciou em julho do ano passado. Segundo o prefeito Ronildo Bolzan Jr., a expectativa é receber mais R$ 10 milhões de ISSQN até o final do ano. A partir de janeiro de 2007, quando o parque de 150 MW começar a gerar energia em caráter comercial, o retorno de ICMS de Osório deve ter um incremento de 50%, calcula o prefeito. Bolzan Jr. comenta que a arrecadação do município foi de R$ 40 milhões em 2005. Em 2006, deve fechar em R$ 52 milhões. A folha de pagamento da prefeitura de Osório é de R$ 750 mil (líquido) e R$ 1 milhão (bruto). Além do reforço nos cofres públicos, o secretário de Energia, Minas e Comunicações, Valdir Andres, destaca que o parque eólico de Osório emprega atualmente 650 trabalhadores no canteiro de obras, com acesso pela rodovia RS 290, quilômetro 81, às margens da Lagoa dos Barros. Esta é a maior obra em construção hoje no Estado. Osório, conhecida como a capital dos ventos, já vive momentos de desenvolvimento e prosperidade, puxados por aquele que será o maior parque da América Latina, ressalta Andres. Conforme o espanhol Guillermo Planas Roca, diretor-geral da Enerfim Enervento, sócia majoritária da empresa Ventos do Sul, outras 200 vagas foram criadas em Gravataí, onde os módulos de concreto são montados antes de irem a Osório, e mais 450 postos de trabalho foram abertos em Sorocaba (SP), que produz os aerogeradores. No total, são 1,3 mil empregos diretos e cerca de 1,5 mil indiretos gerados com o parque eólico de Osório. Saiba mais O primeiro aerogerador, de 2 MW e 140 metros de altura, do parque eólico de Osório, foi erguido na última sexta-feira (17). Ao todo serão construídas 75 torres, duas a cada semana, segundo o presidente da Ventos do Sul, Telmo Magadan. A energia gerada pelos ventos de Osório, a partir do final do ano, será suficiente para suprir todo o Litoral gaúcho, fora da temporada de veraneio, e de abastecer cerca de 650 mil pessoas (metade da população de Porto Alegre). O investimento total no projeto da empresa Ventos do Sul (consórcio entre a espanhola Enerfin, do grupo Elecnor, a gaúcha CIP Brasil e a alemã Wöbben) é de R$ 670 milhões, sendo 69% financiado pelo BNDES. As instituições financeiras gaúchas também participaram do financiamento: o BRDE com R$ 70 milhões, a CaixaRS com R$ 30 milhões e o Banrisul com R$ 20 milhões.