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Passo a passo para fazer o CAR é tema de formação da Emater/RS-Ascar em Cruz Alta

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CAR
Instituição projeta auxiliar 50 mil famílias de agricultores familiares a preencher o CAR no RS - Foto: Cleuza Brutti/ Emater Cruz Alta

O Cadastro Ambiental Rural (CAR) é tema de formação nesta terça-feira (15), no campus da Universidade de Cruz Alta (Unicruz), para extensionistas da Emater/RS-Ascar. No Rio Grande do Sul, a Instituição projeta auxiliar 50 mil famílias de agricultores familiares a preencher o CAR, as mesmas famílias que já vêm sendo atendidas pelos extensionisas por meio de 11 Chamadas Públicas que ela executa.

O CAR é um procedimento que põe em curso o novo Código Florestal, sancionado há três anos pela presidente Dilma Rousseff. Por meio do cadastro, os agricultores podem regularizar suas propriedades rurais, ajustando as características da paisagem aos conceitos que são definidos por lei, como Áreas de Preservação Permanentes, Reserva Legal e Áreas de Uso Consolidado e Restrito, entre outros termos.

Na visão do gerente da região administrativa da Emater/RS-Ascar de Ijuí, Carlos Turra, foi acertada a estratégia de debater sobre o CAR em grupos pequenos de extensionistas, pois isso facilita o esclarecimento das dúvidas. A formação em Cruz Alta está sob a supervisão da engenheira agrônoma Monique Chaves e o conteúdo abordado no encontro, sob a coordenação do assistente técnico regional de Manejo de Recursos Naturais, Dejair Burtet.

Parceria

Os procedimentos para o CAR foram elaborados por várias instituições do estado, como Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Fetag, Fetraf, Famurs, Farsul e Emater/RS-Ascar, entre outras, buscando obter uma unicidade técnica. “Estabelecemos estratégias para implementar, de forma uniforme, o Código Florestal no RS, com destaque para a ferramenta que o próprio Código criou, que é o CAR”, disse o assistente técnico estadual do Núcleo de Produção Vegetal da Emater/RS-Ascar, Dirceu Slongo.

Vantagens

Entre as informações básicas para o CAR estão os dados do proprietário do imóvel com escritura, características das APPs, Reserva Legal e áreas de uso restrito.

Na visita à propriedade, o extensionista também constata se há passivo ambiental a ser recuperado e tem acesso ao mapa do perímetro do imóvel. “Ao aceitar o CAR em sua propriedade, o agricultor terá assegurado seu acesso a diversas outras políticas públicas, poderá fazer uma melhor gestão ambiental de sua propriedade e estará aderindo ao Programa de Regularização Ambiental (PRA), que isenta o produtor de autuações, pelo órgão ambiental de seu estado, pela existência de passivos ambientais ainda sem execução”, destaca Slongo, se referindo às vantagens do CAR para o proprietário, “que estará legalizado por cumprir um dever”.

Para o assistente técnico, “mais importante do que obedecer à legislação é a mudança de atitudes e de comportamentos por parte dos agricultores familiares, e também dos técnicos, na adequação ou mesmo no rearranjo das propriedades a partir de um novo olhar mais ambiental e de preservação de seus sistemas produtivos”, finaliza.


Texto: Cleuza Noal Brutti e Adriane Bertoglio Rodrigues/ EmaterRS Regional Ijuí
Edição: Léa Aragón/CCom 

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