PED registra segundo mês consecutivo de queda do desemprego na Região Metropolitana de Porto Alegre
Houve uma redução de oito mil pessoas no número total de desempregados em relação a janeiro de 2018
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A taxa de desemprego total caiu de 12,1% da População Economicamente Ativa (PEA), em janeiro de 2018, para 11,7% em fevereiro. O número total de desempregados foi estimado em 219 mil pessoas, uma redução de oito mil em relação ao mês anterior. Os dados foram apresentados nesta quarta-feira (28) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), pela Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS) e pelo Departamento de Economia e Estatística (DEE), órgão vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG)e responsável pela continuidade das atividades da Fundação de Economia e Estatística (FEE), em processo de extinção.
O resultado positivo foi consequência da criação de oito mil postos de trabalho, uma elevação de 0,5% no nível ocupacional. A taxa de participação manteve-se relativamente estável, ao passar de 52,7% para 52,8%. Houve aumento na indústria de transformação (geração de 10 mil postos de trabalho ou 3,6%) e estabilidade na construção. Reduziu-se a ocupação no comércio, na reparação de veículos automotores e motocicletas (diminuição de quatro mil postos de trabalho ou -1,1%) e nos serviços (menos quatro mil postos ou -0,5%).
“Quando a indústria é positiva, o cenário é melhor, pois são empregos com carteira assinada, com mais garantias”, apontou a economista Iracema Castelo Branco. Contudo, o crescimento na indústria pode apresentar variações no reflexo na geração de empregos. Conforme a economista Cecília Hoff, “o crescimento do emprego na indústria é recente e o número de trabalhadores empregados nesse setor ainda está muito próximo do observado no ano passado. Na comparação anual, o único setor que apresentou uma elevação mais significativa do emprego foi o comércio”.
Segundo a posição na ocupação, aumentou o contingente de assalariados (mais 14 mil ou 1,2%), tanto no setor privado (mais 12 mil ou 1,2%) quanto no público (mais dois mil ou 1,3%). No setor privado, cresceu o emprego com carteira assinada (mais 12 mil ou 1,4%) e permaneceu estável o sem carteira. Houve aumento da ocupação entre os empregados domésticos (mais dois mil ou 2%), redução entre os trabalhadores autônomos (menos sete mil ou -2,7%) e relativa estabilidade entre os classificados nas demais posições (menos mil ou -0,6%).
O rendimento médio real aumentou para o total de ocupados (1,9%), assalariados (1%) e autônomos (2,2%), entre janeiro e fevereiro de 2018, alcançando R$ 1.923, R$ 1.977 e R$ 1.572, respectivamente.
Texto: Ascom DEE
Edição: Sílvia Lago/Secom