Pesquisadores debatem formas de minimizar impacto do clima no plantio
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Um grupo formado por pesquisadores, engenheiros agrônomos e produtores participaram, nesta terça-feira (28), de debate sobre Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) organizado pelo Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga). Política pública do governo federal, o estudo minimiza riscos relacionados aos fenômenos climáticos, permitindo que cada município identifique a melhor época de plantio nos diferentes tipos de solo e ciclos de cultivares.
O zoneamento é um pedido do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) para detectar onde estão as maiores demandas do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (ProAgro). O trabalho consiste em analisar os parâmetros de clima, solo e ciclos de cultivares, quantificando os riscos de perda envolvidos na condução das lavouras. Atualmente, os estudos do Mapa contemplam 25 estados brasileiros e mais de 40 culturas divididas entre espécies de ciclo anual e permanente, além do Zarc para o consórcio de milho com braquiária.
Além do Irga, participaram representantes da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro) e da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
A nova metodologia para o zoneamento na cultura da soja começou a ser discutida pelo grupo há cerca de um ano. O estudo apresentado na sede do Irga conta com mais de mil simulações diferentes. O zoneamento também pondera as condições de risco pelo potencial de produção. Os resultados serão publicados por meio de uma portaria da Secretaria de Política Agrícola do Mapa, por cultura e unidade da federação, contendo a relação de municípios indicados ao plantio e seus respectivos calendários de plantio ou semeadura.
O diretor técnico do Irga, Maurício Fischer, enalteceu o projeto Soja 6000, que incentiva a rotação entre a oleaginosa e o arroz, buscando maiores produtividades. "Hoje, está se semeando soja na várzea e em locais que não está configurada a questão do zoneamento, houve um avanço graças a muito trabalho, conseguimos mexer um pouco, mas ainda não é suficiente e sempre terá o que ser feito. Que bom que temos esse grupo técnico que pode contribuir com estes avanços", enfatiza Fischer. Nos últimos anos, o zoneamento era executado por empresas privadas.
Texto: Sara Kirchhof/Irga
Edição: Secom