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Plantio de abóbora é alternativa para áreas de fumo

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Dedicados há quase dois anos à produção de abóbora e moranga, agricultores de Ivorá, na região da Quarta Colônia, já colhem exemplares que alcançam mais de 20 quilos e atingem comprimentos superiores a dois metros. Muito além da medição atrativa, realizada pela Emater/RS-Ascar em concurso durante a 3ª Festa Regional da Abóbora, no último domingo (30), na localidade de Linha Sete, o cultivo desses pesados e compridos vegetais no município está mudando o perfil econômico e social das comunidades rurais. “As famílias estão trabalhando com mão-de-obra reduzida em relação às áreas de cultivo de fumo e com aplicação de defensivos agrícolas infinitamente menores”, afirma o prefeito José Fernando Marin, um farmacêutico atento à saúde dos habitantes de Ivorá. Desde 2006, com o apoio da Emater/RS-Ascar, a Prefeitura estimula os produtores a substituir o cultivo de tabaco por áreas cultivadas com abóbora, moranga e amendoim. “O Brasil já assinou a Convenção Quadro da Organização Mundial da Saúde”, destaca o prefeito, referindo-se ao recente acordo assinado por 192 países, do qual o Brasil é signatário, que define estratégias e une esforços para reforçar o combate ao tabagismo. A abóbora é uma alternativa concreta de produção e renda para as pequenas propriedades de Ivorá. Tradicionalmente plantado para destinação à alimentação animal, agora o produto também é cultivado com valor comercial. “Aquilo que o mercado necessitava, nós começamos a produzir. Para a primeira edição da Feira Regional da Abóbora, em 2006, a área foi experimental, mas já em 2007 houve comercialização e neste ano atingiremos mais de 200 toneladas”, afirma o prefeito. Conforme o extensionista do Escritório Municipal da Emater/RS-Ascar, Ademar Antonio Franchi, os 22 hectares de abóbora e os oito hectares de moranga cabotiá plantados no município já produziram cerca de 220 toneladas do produto, suficientes para lotar aproximadamente 15 caminhões de carga pesada. No ano que vem, a área de moranga vai aumentar para 15 hectares, com uma expectativa de colheita de 150 toneladas e o envolvimento de mais sete famílias que se somarão às 13 já existentes no projeto de substituição de cultivo. A comercialização é feita diretamente pelo produtor para supermercados da região de Santa Maria, garantindo renda extra para a propriedade. Além do apoio aos agricultores, a Emater/RS-Ascar promoveu junto com a Prefeitura a vinda ao município do especialista em agroprocessamento, Zeferino Genésio Chielle, do Centro de Pesquisa de Fruticultura da Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro), de Taquari. “Foi com a vinda dele que vislumbramos o potencial, as reais possibilidades do cultivo da abóbora e da moranga”, conta Marin. No município está instalada uma agroindústria de produtos derivados da abóbora, implantada com o auxilio da Emater/RS-Ascar. A meta da Prefeitura é promover a instalação de mais duas delas para industrializar doces, pães, compotas e torteilles de abóbora. Na feira realizada no domingo, as vendas da agroindústria chegaram a R$ 2,5 mil. No município, a Emater/RS-Ascar mantém unidades demonstrativas para plantio de sementes, colaborando para a independência dos produtores na produção de sementes de abóbora. “Vamos buscar a produção de sementes desidratadas para o mercado”, antecipa o prefeito Fernando Marin.
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