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Pneumologista da SES alerta para importância da vacinação contra gripe

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As infecções respiratórias agudas, em especial as pneumonias, desempenham um papel importante como problema de saúde pública, tanto pela elevada mortalidade, especialmente em idosos, como pela grande demanta ambulatorial e de internações. No inverno aumenta a incidência das infecções respiratórias, principalmente o resfriado comum, a gripe, a sinusite, a amigdalite, a laringotraqueobronquite e as pneumonias. A relação é apresentada pelo médico pneumologista César Espina, coordenador da seção de Pneumologia Sanitária, da Secretaria Estadual da Saúde (SES/RS). “O resfriado comum, que é uma infecção benigna, autolimitada e praticamente isenta de complicações, se caracteriza por coriza (corrimento nasal), e, às vezes, febre, que se resolvem em poucos dias.” O vírus da Influenza, ao contrário, é bem mais agressivo ao aparelho respiratório, com o quadro clínico de febre alta, dores musculares, cefaléia, tosse e obstrução nasal. “Essa infecção, em pessoas previamente saudáveis, geralmente se resolve em sete dias, mas em pessoas com mais de 60 anos e portadoras de doenças crônicas principalmente cardíacas e respiratórias pode evoluir para complicações graves”, analisa o pneumologista. No caso, a complicação mais comum é a pneumonia, muitas vezes exigindo internação. Assim, pacientes com essas características devem evitar contato com pessoas sabidamente gripadas e não freqüentar ambientes fechados e com aglomerações humanas em períodos de epidemia, ensina o médico. Também é aconselhável que esses pacientes andem bem agasalhados. O pneumologista explica que “quando ocorrem variações bruscas de temperatura corporal, os mecanismos de defesa do organismo ficam enfraquecidos, facilitando a entrada de vírus e bactérias. Por isso, sempre recomendamos cobrir pés, mãos e cabeça, em dias frios , para manter a temperatura corporal. A transmissão de vírus pode ser por via respiratória, através da tosse ou espirro, mas também pelo aperto de mão e contato com superfícies porosas. “A higiene das mãos é extremamente importante, devendo ser usados água e sabão”, alerta César Espina. Ele enfatiza a necessidade de os idosos fazerem a vacina contra a gripe antes do inverno pois é a melhor maneira de prevenir complicações secundárias à infecção pelo vírus da Influenza “As complicações secundárias decorrentes de uma infecção por Influenza geralmente ocorrem de 7 a 10 dias após iniciados os sintomas. Quando o paciente acredita estar se curando da gripe, os sintomas retornam e surge uma febre persistente, aumenta a tosse e o ar começa a faltar. É importante ter em mente que não é no início da gripe que as complicaçções ocorrem, mas no fim. Quando o vírus entra no aparelho respiratório, abre passagem para a entrada de outras bactérias.” Outras doenças com maior incidência no inverno são as rinites e a asma, caracterizadas pela hipersensibilidade a fatores externos. “As viroses respiratórias também podem desencadear crises. Recomenda-se que os pacientes alérgicos mantenham o tratamento preventivo, principalmente nos meses de inverno”, reforça César Espina. O pneumologista ainda faz duas recomendações. A primeira, que pessoas asiladas ou que vivem em albergues, retiros e recintos similares, e que sejam portadoras de doenças crônicas, além da vacina contra a gripe, também recebam a vacina antipneumocócica, “que protege contra a pneumonia”. E, segundo, que em caso de gripe não utilizem antibióticos sem prévia consulta médica.
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