Dentro das comemorações dos seus 179 anos, a Polícia Civil realizou, na manhã desta quinta-feira (3/12), a entrega de Portarias de Louvor aos policiais civis que atuaram na investigação do sequestro e no resgate da médica Tamires Regina Gemelli da Silva Mignoni.

No total, 44 profissionais, integrantes da 11ª Delegacia de Polícia Regional do Interior de Erechim, do Departamento Estadual de Investigações Criminais e do Gabinete de Inteligência e Estratégia receberam a homenagem entregue pelo governador Eduardo Leite e pela chefe da Polícia Civil, delegada Nadine Anflor. A honraria é uma forma de reconhecimento pelos serviços prestados no exitoso resgate de Tamires.

“A instituição é feita de homens e mulheres. É feita de seres humanos que buscam se capacitar, se qualificar, para prestar um serviço de relevante interesse público, a manutenção da ordem pública e a proteção da vida, que é o bem maior que deve ser defendido e é o motivo pelo qual o Estado existe. Ao longo desses 179 anos, a Polícia Civil existe como instituição pelos sucessivos homens e mulheres que a ela se dedicaram, à causa e à missão de proteger a vida e o patrimônio dos cidadãos gaúchos”, reconheceu o governador Leite.

Devido à pandemia, os 44 policiais homenageados receberam a portaria na quarta-feira (2/12) e foram representados, na cerimônia, pelo delegado João Paulo de Abreu. O preparo técnico dos policiais e a união de esforços foram fundamentais, de acordo com a delegada Nadine, para o êxito na resolução do caso.

“Em 3 de dezembro de 1841, a data marca a criação da Polícia Civil gaúcha da então província de São Pedro. Lá se foram 179 anos de muitas histórias e de muitos desafios diários, porque somos uma polícia em constante evolução. Nosso maior patrimônio não são as armas, as viaturas, os prédios, mas sim nossos valorosos homens e mulheres que escolheram servir todos os dias e fazer em conjunto a história da Polícia Civil. Minha primeira fala é um agradecimento a todos esses homens e mulheres que compõem uma polícia que já foi por muitas vezes considerada uma das mais confiáveis instituições do Estado, e, tenho plena certeza, a melhor Polícia Civil do Brasil”, destacou a delegada Nadine.

A cerimônia contou com a presença da médica resgatada. “Considero estar aqui um verdadeiro milagre, e estou aqui graças ao trabalho incansável de todos os policiais envolvidos na operação. Em nome da minha família, de todos os meus amigos, agradeço a vocês. A população não sabe de todo esse trabalho, não temos a dimensão da dedicação de vocês”, emocionou-se.

Também foi apresentado um vídeo institucional sobre a equipe focada nas atividades antissequestro da Polícia Civil, com destaque para o trabalho de investigação, negociação, apoio logístico, apoio técnico e o grupo tático, com domínio de técnicas utilizadas pelas polícias mais modernas do mundo.
O vídeo foi concebido pelo núcleo de Audiovisual da INQ, a Agência Experimental da Faculdade de Comunicação da UniRitter em parceria com a Divisão de Comunicação da Polícia Civil.

Também devido às restrições impostas pelo coronavírus, a cerimônia ocorreu no Palácio Piratini e foi transmitida pelo canal da Polícia Civil no Youtube.

O caso

Na noite do dia 21 de outubro de 2020, a Polícia Civil do Rio Grande do Sul, em ação conjunta com as polícias civis de Santa Catarina e do Paraná, Polícia Rodoviária Federal, Brigada Militar e Polícia Militar de Santa Catarina, localizou o cativeiro e libertou a médica Tamires Regina Gemelli da Silva Mignoni.

A vítima foi sequestrada em Erechim, no dia 16 de outubro, quando saía do trabalho, e foi libertada após ser mantida em cativeiro por seis dias no município de Cantagalo, região central do Paraná, cerca de 30 quilômetros de Laranjeiras do Sul, cidade de origem da médica. Na operação de resgate, uma mulher e dois homens diretamente envolvidos no sequestro foram presos.

_{Texto: Suzy Scarton e Ascom/Polícia Civil
Edição: Marcelo Flach/Secom}