A Superintendência do Porto do Rio Grande (SUPRG) entregou ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) o novo Plano de Dragagem, que prevê dragagem de cerca de 3,5 milhões de metros cúbicos (m³). O planejamento foi entregue pelo diretor superintendente da SUPRG, Janir Branco, na terça-feira (27), em Brasília.

"Protocolamos o Plano de Dragagem, que foi uma construção coletiva, e conversamos com os técnicos do Ibama para explicar os principais pontos abordados. Estamos confiantes no trabalho que fizemos”, avaliou Branco.

O projeto atende aos principais pontos solicitados pelo órgão federal por meio do Parecer 50/2017. “Utilizamos o documento como um norteador de todos os programas de monitoramento que devemos cumprir. Com o esforço da SUPRG e do governo do Estado, já estão em execução os monitoramentos necessários da costa”, afirmou.

O volume de sedimentos apresentado no plano foi obtido por meio de batimetria do canal de acesso ao Porto do Rio Grande. Os dados foram calculados para permitir a manutenção mínima e emergencial do calado oficial e das taxas legais de segurança.

“Nossa prioridade é manter as cotas do calado oficial e eliminar os principais gargalos que prejudicam a saída de embarcações. Esse é o primeiro passo para que o Porto do Rio Grande volte a ter o seu canal de acesso de forma plena”, garantiu Branco.

O projeto apresentado vai utilizar um local de descarte avaliado, licenciado e designado pelo Ibama. Após a liberação da dragagem, o estudo será ampliado para buscar a autorização para o projeto completo assinado em 2015. “O projeto do governo federal é o que não só dará mais condições de segurança ao porto como também permitirá o aumento de competitividade que é tão necessário aos portos mundiais”, completou.

A equipe técnica da SUPRG foi liderada pela chefe da Divisão de Meio Ambiente, Saúde e Segurança, Mara Núbia de Oliveira. Também estiveram presentes os professores da Universidade Federal do Rio Grande (UFRG), Carlos Garcia, que falou sobre o SIMCosta; Glauber Cunha e Renato Carvalho, que trataram da importância do controle social; e Lauro Barcellos, que abordou a importância do grupo de trabalho criado em prol da dragagem sustentável e ambientalmente segura. O grupo que trabalhou no projeto conta, ainda, com a participação dos professores Osmar Möller, Danilo Giroldo e Elisa Fernandes e do ecólogo Sérgio Estima.

Texto: André Zenobini/Ascom SUPRG
Edição: Sílvia Lago/Secom