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Presídio Central sedia atividade para presos envolvidos em violência doméstica

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Palestras e dinâmicas de grupo integraram a 4ª Edição da Semana da Justiça Pela Paz em Casa, desenvolvida pelo Tribunal de Justiça
Palestras e dinâmicas de grupo integraram a 4ª Edição da Semana da Justiça Pela Paz em Casa, desenvolvida pelo Tribunal de - Foto: Divulgação

O Presídio Central de Porto Alegre sediou, nesta quarta-feira (9), palestra que integra a 4ª Edição da Semana da Justiça Pela Paz em Casa, desenvolvida pelo Tribunal de Justiça, por meio da Corregedoria-Geral. A atividade é destinada aos detentos envolvidos em violência doméstica, favorecendo a reflexão do processo de transformação que a experiência prisional com seus limites e frustrações pode representar.

A juíza-corregedora Traudi Beatriz Grabin disse que há necessidade de se também trabalhar com os homens para que eles possam refletir sobre os atos que cometeram ou do que estão sendo acusados para que não pratiquem a violência novamente com as mulheres ou não reincidam com outras mulheres.

“A violência doméstica vem crescendo muito, temos dados que comprovam este aumento entre os anos 2012 até 2015. Se por um lado, pensamos que isso é um fator negativo, por outro, pensamos que existe o lado positivo, pois após a aplicação da Lei Maria da Penha (2011) observamos que as vítimas da violência nos lares perderam o medo de denunciar seus agressores”, explicou.

Reflexão e Dinâmica

O assistente social Roberto Alexandre Vucetic e a oficial escrevente e psicóloga Ivete Machado Vargas abordaram o tema “Homens e Mulheres Unidos pela Paz em Casa”. Uma dinâmica dividiu os participantes em grupos, com perguntas sobre a prisão, além de momentos de reflexão sobre a conduta violenta. "No Central, repassamos a simbologia do milho e da pipoca, pois o milho está na panela quente e, depois, ele acaba estourando e virando a pipoca. Assim, pretendemos fazer com eles reflitam sobre sua conduta explosiva, para não retornem mais para a prisão”. Para o diretor do Presídio Central, tenente-coronel Marcelo Gayer, todo o tratamento penal que é dado para determinados casos surte efeito muito positivo no ambiente prisional.

Uma série de ações deverão serem realizadas no Presídio Central para viabilizar inclusão e atendimento a esses apenados. Há uma sala de informática com dois técnicos do Senac para oferecer capacitação. No futuro, a ideia é  ocupar este espaço para promover encontros entre vítimas e agressores. 

Texto: Imprensa/Susepe
Edição: Cristina Lac/Secom

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