Projeto da Fepagro está recuperando a raça no Estado, que caminhava para a extinção. Pelo menos 10 animais franqueiros estão em Esteio de 30 de agosto a 7 de setembro

Uma das maiores atrações da Expointer 2008 será a presença do gado franqueiro, considerada a primeira raça bovina a povoar as Américas. No ano passado, o Parque de Exposições Assis Brasil recebeu apenas dois animais. Este ano, revela o chefe do Serviço de Exposições e Feiras da Secretaria da Agricultura, José Arthur Martins, pelo menos dez exemplares franqueiros estarão em Esteio. O franqueiro é o equivalente ao cavalo crioulo no Estado, ou seja, uma raça rústica e genuinamente campeira, afirma.

Martins comenta que esta raça estava a caminho da extinção no RS. Todavia, graças a um projeto de resgate e fomento encampado pela Fepagro, o gado franqueiro está sendo recuperado. A Fepagro desenvolve um trabalho exemplar de resgate genético da raça, elogia. Em todo o Brasil, existem menos de mil cabeças de gado franqueiro, introduzido pelos portugueses e jesuítas ao Estado. A presença da raça no país é exclusiva nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, numa faixa que vai de Vacaria, passa pelos municípios dos campos de cima da serra, e segue até Lages (SC).

O gado franqueiro tem algumas características marcantes. A maioria dos animais tem orelhas, patas e focinho pretos. Mas o que mais chama atenção são os chifres: enormes e perigosos. É o equivalente, nos Estados Unidos, ao gado Long Horn, muito valorizado no estado do Texas, chegando a valer US$ 15 mil.