Primeiro catavento gigante é erguido no parque eólico de Osório
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A montagem do primeiro catavento do parque eólico de Osório (150 MW), o maior da América Latina, foi concluída nesta quinta-feira (16). Com 140 metros de altura, o aerogerador modelo E-70, de 2 MW, é o mais moderno do mundo e o eficiente na captação dos ventos. O canteiro de obras da empresa Ventos do Sul será visitado neste sábado (18) pela ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, acompanhada do subsecretário estadual de Energia, Minas e Comunicações, Francisco Brandão. O diretor-geral da Enerfim Enervento, sócia majoritária do empreendimento, o espanhol Guillermo Planas Roca, será o anfitrião. Ao todo serão construídas 75 torres, cada uma delas com 98 metros de altura e peso de 810 toneladas. A energia gerada pelos ventos de Osório, a partir do final do ano, será suficiente para suprir todo o Litoral gaúcho, fora da temporada de veraneio, e de abastecer a metade da população de Porto Alegre. O investimento total no projeto da empresa Ventos do Sul (consórcio entre a espanhola Enerfin, do grupo Elecnor, a gaúcha CIP Brasil e a alemã Wöbben) é de R$ 670 milhões, sendo 69% financiado pelo BNDES. As instituições financeiras gaúchas também participaram do financiamento: o BRDE com R$ 70 milhões, a CaixaRS com R$ 30 milhões e o Banrisul com R$ 20 milhões. A energia eólica terá uma importância estratégica para o Rio Grande do Sul, porque funcionará como fonte complementar ao sistema de abastecimento de energia elétrica no Estado. A fase dos ventos coincide com o período de seca no Estado e, dessa forma, a energia eólica permitirá poupar água dos reservatórios das hidrelétricas no período em que eles têm o volume de água reduzido.