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Produção agroecológica é tema de seminário na Capital

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Evento terá discussões a respeito das necessidades para futuro da produção agroecológica, como a ampliação e criação de políticas e investimentos para o setor
Evento terá discussões a respeito das necessidades para futuro da produção agroecológica, como a ampliação e criação de - Foto: Divulgação

O XIV Seminário Estadual e XIII Seminário Internacional sobre Agroecologia começou nesta quarta-feira (26), no Teatro Dante Barone, na Assembleia Legislativa. A atividade, que se encerra na sexta-feira (28), reúne acadêmicos, comunidade civil, lideranças políticas e palestrantes. Além dos painéis que serão apresentados, o evento terá discussões a respeito das necessidades para futuro da produção agroecológica, como a ampliação e criação de políticas e investimentos para o setor. 

No ato oficial de abertura, o diretor técnico da Emater, Gervásio Paulus, apresentou um histórico dos temas e dos avanços conquistados desde a primeira edição do seminário em 1999. Em seguida, o Oficial Nacional de Programas da FAO, da região Sul, Carlos Antonio Biasi destacou o Rio Grande do Sul como um dos estados com mais avanços e maior produção agroecológica do país. "Isso é muito positivo e mostra o quanto o Governo do Estado, Emater, Embrapa e outros órgãos do setor estão dedicados a expandir a prática e destinar investimentos e conhecimento por meio de pesquisas".

Presidente da Emater, Lino De David disse que o desenvolvimento sustentável é um processo complexo e global e, por isso, pressupõe a necessidade da evolução da pesquisa, da produção e da cultura do consumidor. "Nos últimos 30 anos, evoluímos muito em todos estes aspectos. Recordo-me que, muitos daqueles que há três décadas batalhavam por esta causa, eram tidos como loucos. Hoje, são respeitados por esta luta, que sempre teve como princípios o trabalho e o conhecimento. É neste sentido que este evento se consolida". Lino De David afirmou que o evento serve para refletir sobre onde e como crescer, quais aspectos climáticos precisam ser prevenidos e melhor estudados para garantir a produção agroecológica.

Produção agroecológica
O secretário da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Cláduio Fioreze, tanto o Governo do Estado quanto o Federal foram parceiros da causa agroecológica nos últimos anos. "Muito se avançou, fazendo com que a produção agroecológica do Rio Grande do Sul alcançasse importantes patamares e se tornasse referência no país".

Secretário de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo, Ivar Pavan, disse que é necessário ampliar investimentos. "O Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos no mundo, consumindo 19% do total de pesticidas produzidos no planeta. Graças ao trabalho histórico e consciente é que o RS é o terceiro estado em número de estabelecimentos de produção orgânica no país, atrás apenas de Minas Gerais e da Bahia".

Para Pavan, a Secretaria de Desenvolvimento Rural tem participação efetiva no que se refere ao incentivo à produção agroecológica, ajudando o Estado a manter a boa colocação no ranking da produção de alimentos saudáveis.
"Trabalhamos nestes quatro anos para incentivar o agricultor familiar a adotar o modelo de transição, aquele em que ele começa a adaptar o trabalho e a propriedade para a produção de alimentos agroecológicos. Para isso, criamos o Programa Agricultura de Base Ecológica, que estabeleceu ações para fortalecer a agricultura de base ecológica, por meio da assistência técnica, qualificação profissional agroecológica, apoio a certificação de orgânicos, elaboração de projetos de crédito para o investimento e custeio da produção".

Conforme o secretário, muito ainda precisa ser feito para que o alimento agroecológico se amplie e chegue ao consumidor urbano. "A transição precisa crescer, ser incrementada e a venda ampliada. Para isso, apostamos num modelo de agricultura familiar em que o agricultor produza, agregue valor e comercialize a produção. Produção esta que fará bem ao agricultor e aos consumidores".

Texto: Andréa Sommer
Edição: Redação Secom

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