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Produção de arroz estável atrai indústrias de outros estados ao Rio Grande do Sul

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A governadora Yeda Crusius durante abertura oficial da colheita do arroz.
Yeda Crusius na abertura oficial da colheita do arroz em Cachoeirinha - Foto: Mauro Mattos / Palácio Piratini

Os investimentos do Governo do Estado em pesquisa e tecnologia para a lavoura de arroz e o frete menor estão levando empresas do Mato Grosso a abrirem filiais no Rio Grande do Sul. O fenômeno acontece dez anos após um grande número de indústrias gaúchas abrirem unidades no estado do Centro-Oeste, que concentra o segundo maior pólo industrial de arroz no Brasil.

A empresa Arroz Tio Ico, por exemplo, arrendou um engenho há um ano e meio em Viamão, na região metropolitana de Porto Alegre. O proprietário, que também é presidente do Sindicato das Indústrias de Arroz do Mato Grosso (Sindarroz/MT), Joel Gonçalves Filho, informa que amplos estudos para definição de estratégias estão em andamento para inserir uma unidade própria em solo gaúcho.

Joel Gonçalves ressalta que logisticamente ficou difícil atender a demanda de mercadorias para outros estados devido ao alto valor do frete no Mato Grosso. A empresa atende aos clientes dos grandes centros através da unidade gaúcha. Ele destaca que outras indústrias do Rio Grande do Sul já enviam através de navio o arroz para o nordeste. O frete está muito caro no Centro-Oeste, diz.

A proibição de abertura de novas áreas para o plantio fez com que a produção tivesse uma forte queda. Tanto que o preço da saca de arroz está acima da média brasileira. Na unidade gaúcha, Joel abastece São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul. Quem quer se perpetuar no setor industrial de arroz no Brasil tem que estar sediado no Rio Grande do Sul, afirma.

Segundo o presidente do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), Maurício Fischer, a qualidade do arroz produzido no Estado e a garantia de fornecimento contribuem para a volta de algumas empresas e para a abertura de novas filiais em solo gaúcho. O Rio Grande do Sul oferece estabilidades de produção, produtividade e áreas plantadas com arroz, afirma.

Fischer ressalta ainda a qualificação do produtor e as pesquisas de institutos como o Irga, que garantem variedades com boa aceitação do consumidor. O Estado produz 7,4 milhões de toneladas de arroz, aproximadamente 61% da safra brasileira do cereal.

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