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Produção de laranja do Alto Uruguai pode ser utilizada para fabricar óleos essenciais

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seminário de Intercooperação na cadeia produtiva da citricultura
Evento reuniu representantes da cadeia produtiva da citricultura e representantes da Bio Citrus e da Firmenich, do Núcleo de - Foto: Divulgação Emater/RS-Ascar

A produção de laranjas do Alto Uruguai também pode ser transformada em óleos essenciais. A comercialização da fruta com esse destino para a Bio Citrus, de Montenegro, e para a empresa suíça Firmenich, pautou os debates do seminário de Intercooperação na cadeia produtiva da citricultura promovido pela Cooperativa Central de Comercialização de Agricultura Familiar e Economia Solidária (Cecafes), nessa terça-feira (26), em Erechim, no Seminário Nossa Senhora de Fátima.  

A ideia é de que a produção seja destinada à Bio Citrus, que ficaria responsável por processar a fruta para suco e da casca produziria o óleo essencial. A produção do derivado seria para a empresa Firmenich. O evento reuniu representantes da cadeia produtiva da citricultura e representantes da Bio Citrus e da Firmenich, do Núcleo de Cooperativismo do Alto Uruguai, técnicos da Emater/RS-Ascar e representantes da Sicredi Norte RS/SC e do Banrisul, entre outras lideranças. 

O gerente regional da Emater/RS-Ascar de Erechim, Nilton Cipriano Dutra de Souza, apresentou um panorama da citricultura na Região do Alto Uruguai, especialmente da laranja, desde 2008. Souza destacou que a região conta com dois viveiros de mudas e um comitê técnico de citricultura, criado em 2013, além do curso básico de citricultura oferecido no Centro de Treinamento de Agricultores de Erechim (Cetre).

Segundo Souza, a região possui dois mil produtores de laranja, com área cultivada de 2.952,80 hectares, com produção de 59 mil toneladas. A produtividade média na região do Alto Uruguai é de 20 mil quilos por hectare. Os municípios com maior produção são Itatiba do Sul, Aratiba, Mariano Moro, Três Arroios, Severiano de Almeida, Marcelino Ramos, Barra do Rio Azul e Erval Grande. Na região do Alto Uruguai, 80% da produção de laranjas são da variedade Valência.

O presidente da Sicredi Norte/RS-SC, Adelar Parmeggiani, expôs a estrutura e os objetivos do Núcleo de Cooperativsmo do Alto Uruguai e o presidente da Cecafes, Roberto Balen, a estrutra da central de cooperativas.

O gerente de projetos de ingredientes naturais na América Latina da empresa suíça Firmenich, Andre Tabanez, e da Bio Citrus, Chirstian Hellfeldt, elogiaram as parcerias. Tabanez disse que um dos motivos que despertou interesse da empresa é a concentração da produção na variedade valência, que é a que mais interessa para a produção do óleo. As negociações devem iniciar nos próximos dias, com a compra das primeiras toneladas da fruta. "Estamos projetando uma parceria duradoura", reafirmaram.

De acordo com dados apresentados, a Firmenich foi fundada em 1895, em Genebra, na Suíça, com gestão 100% familiar. Em 1952 iniciou suas operações na cidade de Cotias, em São Paulo, onde conta com 600 colaboradores, com duas divisões de aromas (alimentos) e perfumes. Hoje a organização possui 6.200 colaboradores no mundo todo.

Texto:  Terezinha Mariza Vilk/ Imprensa da Emater/RS-Ascar - Regional de Erechim
Edição: Léa Aragón/Secom

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