Produção e demanda do milho no RS pautou a instalação da Câmara Setorial
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Na primeira reunião de 2011 da Câmara Setorial do Milho, que ocorreu na manhã desta terça-feira (24), na sede da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio (Seapa), sob a presidência do titular da pasta, Luiz Fernando Mainardi, a produção e a demanda do grão pautaram os debates. Este é um espaço de debate e vamos tratar fundamentalmente sobre o desenvolvimento do setor, afirmou o titular da Seapa, Mainardi ao dar início aos trabalhos.
Durante a leitura da pauta do dia, o Secretário da Agricultura falou sobre o pedido do Sindicato das Indústrias do Estado de que seja realizada a análise do abastecimento do milho no Rio Grande do Sul e, a partir daí, avaliar as possibilidades de exportação. Sendo este um espaço de definições de políticas, que trabalharemos com objetividade, esperamos construir as propostas que, aplicadas, nos levarão a alcançar dois pontos fundamentais: aumento da produção e crescimento da renda do produtor, definiu Mainardi.
O milho é considerado estratégico para todas as demais cadeias produtivas. O grão é fundamental para a alimentação de aves e de suínos, alcançando ainda, o setor leiteiro. Por isso, tão grande sua importância para a economia. A cultura de aves, por exemplo, consome 50% do milho produzido no Estado, são 2,8 milhões de toneladas. Segundo a Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), além desta soma, todo ano a avicultura busca fora do RS mais 1,5 milhão de toneladas do cereal.
Lembrando que a estimativa é de que 46% do frango consumido no mundo saia do Brasil, o titular da Agricultura deixou uma questão para os presentes: qual a perspectiva para que se possa projetar o futuro do Rio Grande do Sul com relação ao segmento de frangos, igual para os suínos e para o setor leiteiro? Os números desses três setores são muito importantes, disse Mainardi. O secretário informou que a próxima Câmara Setorial a ser instalada será a de aves, no dia 3 de julho.
A nova reunião da Câmara Setorial já está marcada para 30 de junho, quando serão apresentados os estudos referentes à área plantada entre grão e silagem (pela Emater); à situação da migração do e para o Rio Grande do Sul, situação nacional e internacional e perspectivas (pela Seapa e Fecoagro) e à irrigação e avaliação do milho irrigado (pela Fepagro, Emater, Irga e Embrapa Clima Temperado).
Texto: Clarice Giorgi
Foto: Vilmar da Rosa
Edição: Palácio Piratini (51)3210.4305