A construção de silos secadores para a secagem e armazenagem de grãos de milho, soja, trigo e aveia têm despertado interesse em Nova Candelária, Noroeste do estado. No último ano, foram construídos cinco silos secadores, com uma capacidade total de secagem e armazenagem de 3.860 sacas de produto, com apoio da Emater/RS-Ascar.  

Os silos foram implantados nas propriedades de Pedro Bruinsma, Daniel Schuster, Dácrio Ruver Eckhadt, Roque Gilberto Schlindwein e Carlos Alberto Arnt. Estes silos secadores são construídos em alvenaria e são providos de ventiladores centrífugos e roscas de carga e de descarga de grãos. Segundo o extensionista da Emater/RS-Ascar, Elir Paulo Pasquetti, a secagem ocorre a partir da injeção (passagem) do ar forçado dentro da massa de grão, o que elimina a umidade da semente. “A estratégia de guardar os alimentos na propriedade proporciona a redução dos custos da produção animal e, por consequência, aumenta a margem de lucro do produtor”, observa Pasquetti.

Os grãos devem ser classificados antes de serem colocados no silo, sendo retiradas as sementes quebradas, malformadas, restos de palhas ou outras impurezas. Quando feita a devida classificação do grão, a passagem do ar é facilitada, o que aumenta a eficiência do processo de secagem.

Entre as principais vantagens da utilização dos silos secadores, listadas por Pasquetti, estão a redução dos custos com o transporte dos produtos, ampliação da autonomia do produtor, redução de despesas de classificação e secagem do produto, aproveitamento dos resíduos da classificação e a manutenção da qualidade do grão, uma vez que estes são secados com ar à temperatura ambiente.

Os silos secadores de alvenaria podem ser financiados pelo Programa Mais Alimentos, com juros de 2% ao ano, com prazo total de financiamento de até 10 anos.

Texto: Deise Froelich/Emater/RS-Ascar - Regional de Santa Rosa
Edição: Redação Palácio Piratini/Coordenação de Comunicação