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Programa Avança Mulher Empreendedora promove empoderamento feminino em comunidades periféricas

Projeto-piloto será executado em Centros da Juventude de Porto Alegre

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Lançamento Avança Mulher Empreendedora
Iniciativa em parceria com a Jucis-RS priorizará 23 municípios incluídos no programa RS Seguro COMunidade - Foto: Lauro Alves/Secom

Como forma de auxiliar no combate à vulnerabilidade social e à alienação econômica feminina, o governo do Rio Grande do Sul lançou o programa Avança Mulher Empreendedora nesta sexta-feira (22/3), durante o South Summit Brazil (SSB). A iniciativa acontece em parceria com a Junta Comercial, Industrial e de Serviços do Rio Grande do Sul (Jucis-RS) e priorizará 23 municípios incluídos no programa RS Seguro COMunidade.

O painel de lançamento do programa aconteceu no RS Innovation Stage, espaço do governo do Estado no SSB 2024, com a participação dos titulares da Secretaria Extraordinária de Inclusão Digital e Apoio às Políticas de Equidade (Seidape), Lisiane Lemos, da Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG), Danielle Calazans, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec), Ernani Polo, e da Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH), Fabricio Perucchin. Também estiveram presentes o secretário-executivo do RS Seguro, Antônio Padilha, e a presidente da Jucis-RS, Lauren Momback.

O Avança Mulher Empreendedora terá seu projeto-piloto executado em Centros da Juventude (CJ) de Porto Alegre (Santa Tereza, Rubem Berta, Partenon, Bom Jesus e Restinga) e, posteriormente, nas cidades englobadas pelo programa RS Seguro. Com as ações, o governo pretende trabalhar o empoderamento social e econômico de mulheres empreendedoras, estimular um crescimento econômico sustentável nas comunidades e reduzir as disparidades de gênero. Para viabilizar o projeto-piloto, a Jucis-RS destinará R$ 1 milhão em recursos diretos.

Abrindo o evento, a presidente da Jucis-RS, Lauren Momback, que não pôde comparecer presencialmente devido a problemas de saúde, encaminhou sua fala por meio de um vídeo. “Hoje é um dia muito especial, pois lançamos este comitê, voltado a fomentar, legalizar, capacitar e empoderar mulheres empreendedoras gaúchas. As empresas lideradas por mulheres têm demonstrado uma vida útil de apenas dois anos, além de um alto índice de empreendedoras na informalidade. Por isso, a Jucis-RS pensou neste programa para mulheres que empreendem nas comunidades do RS Seguro COMunidades”, comentou.

A titular da Seidape, Lisiane Lemos, aproveitou para explicar que o programa não busca simplesmente levar instruções a serem seguidas, mas entender quais são as necessidades e, assim, oferecer as ferramentas. “A Seidape visa desenvolver políticas com atenção especial às pessoas em situação de vulnerabilidade social e populações minorizadas. Criar o comitê nos dá a possibilidade de juntar esforços de diferentes organizações, que já atuam neste sentido, e colocar o foco em comunidades vulnerabilizadas e que foram atingidas pelos desastres climáticos. Não é sobre o Estado chegar nessas periferias e dizer o que elas vão fazer, mas escutar primeiro e customizar o que faremos para endereçar essas necessidades”, esclareceu.

As ações do programa, desenvolvidas em parceria com diversas instituições, serão trabalhadas sobre os pilares do networking, do empoderamento feminino, da formalização, da capacitação e gestão de negócios e de linhas de crédito para mulheres empreendedoras. Com isso, espera-se auxiliar no planejamento empresarial das mulheres beneficiadas, encaminhando para que formalizem seus negócios e gerando empoderamento psicológico e financeiro, além de agir como catalisador do potencial de transformação nas comunidades.

“Esse projeto é muito caro à SPGG, pois somos a casa do Projeto de Desburocratização e Empreendedorismo do Estado (DescomplicaRS). É por essa sinergia que nossa equipe engajou no auxílio direto da conceituação, no acompanhamento da criação de grupos de trabalho e desenvolvimento de documentação técnica para transformar essa importante iniciativa em uma ação de Estado. Temos muito orgulho em participar deste grande marco para a mulher gaúcha e esperamos que venha a contribuir para a prevenção da violência contra a mulher e para a transformação destas comunidades”, ressaltou Danielle.

Em sua fala, o secretário-executivo do RS Seguro, Antônio Padilha, ressaltou a necessidade de um olhar integrado para esta pauta. “Políticas públicas voltadas ao tema, que é tão sensível e essencial, necessitam do olhar integrado e colaborativo do governo do Estado e da sociedade civil. Este projeto é mais um avanço que visa exaltar a mulher periférica, incentivando e fomentando o desenvolvimento pessoal e profissional dessas mulheres, concretizando a necessária autonomia feminina”, destacou.

O titular da Sedec falou sobre o apoio que o governador Eduardo Leite e o vice-governador Gabriel Souza deram ao projeto, destacando que a atual gestão tem o maior número de pastas comandadas por secretárias da história do Rio Grande do Sul. "As mulheres são uma importante força motriz da nossa economia, tendo uma contribuição fundamental para o desenvolvimento socioeconômico do Estado", disse. Sobre o programa, Polo salientou que o empreendedorismo está em todos os lugares. "Basta dar oportunidades para avançar e prosperar. É isto que o Avança Mulher Empreendedora quer, garantindo que o empreendedorismo feminino ocupe cada vez mais espaço na sociedade gaúcha", finalizou.

O painel no South Summit Brazil levantou o debate sobre como a vulnerabilidade social e a cultura da alienação econômica geracional afetam o papel feminino como líder familiar e responsável pela criação, ensino e equilíbrio psíquico dos filhos. Além disso, também foram discutidas as formas como a situação traz prejuízos à autonomia financeira das mulheres, resultando em altos índices de criminalidade, informalidade e desemprego.

Conforme levantamento da Jucis-RS, atualmente existem 700 mil empresas comandadas por mulheres no Rio Grande do Sul, número 35% menor que o daquelas com homens na liderança, que correspondem a 1,07 milhão. Os dados apontam para um caminho significativo ainda a ser trilhado na igualdade de gênero no meio empreendedor.

Texto: Thales Moreira/Secom
Edição: Camila Cargnelutti/Secom

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