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Desassorear RS restabelece curso do Rio Forqueta, em Arroio do Meio, e retira 16 mil metros cúbicos de sedimentos do leito

Trabalho no município começou em janeiro e já retirou o equivalente a 1,1 mil cargas de cascalho do rio

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Foto   Matheus Miranda
A ação, coordenada pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano, possibilitou a volta do rio ao seu curso normal - Foto: Matheus Miranda

Um novo ar de normalidade, aos poucos, volta a compor a paisagem do Distrito de Forqueta, no município de Arroio do Meio. Moradores locais acompanham o trabalho das máquinas do Programa de Desassoreamento do Rio Grande Sul (Desassorear RS), que já retirou 16 mil metros cúbicos de sedimentos do leito do Rio Forqueta, nas proximidades do Camping do Irineu, o equivalente a 1,1 mil cargas. 

A ação, coordenada pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano (Sedur), vem sendo efetuada desde janeiro e possibilitou a volta do rio ao seu curso normal, antes obstruído pelo excesso de cascalho no leito. O trabalho continua e conta com a contribuição da gestão municipal, que conhece de perto o funcionamento do rio e as necessidades da população ribeirinha. 

“É um momento de muita alegria ver o nosso Rio Forqueta voltar à normalidade depois da grande catástrofe do ano passado. Esse trabalho nos tranquiliza porque, com essa intervenção, conseguimos garantir mais segurança para as comunidades que moram às suas margens. Agradecemos ao governo do Estado e ao governador Eduardo Leite por esse olhar sensível voltado à nossa cidade”, declarou o prefeito de Arroio do Meio, Sidnei Eckert. 

A enchente de maio de 2024, além de causar prejuízos econômicos e sociais à população, modificou a paisagem local. Devido ao forte processo de assoreamento do rio, seu curso foi modificado, deixando os moradores impactados com as mudanças. É o caso da moradora Viviana Casaril, que tem uma propriedade às margens do rio e se emociona ao acompanhar de perto o trabalho já realizado por meio do Desassorear RS. 

“Fomos muito afetados pela enchente de maio. Minha família ficou ilhada e nossa propriedade foi destruída. Eu estou extremamente feliz e emocionada por presenciar essa ação de retirada do cascalho, porque nós passamos por momentos difíceis aqui. Então ver o rio voltando para suas margens significa muito pra gente. O medo ainda existe, mas acompanhar esse trabalho nos dá esperança”, relatou Casaril.

Desassorear RS 

O programa Desassorear RS iniciou os trabalhos em Arroio do Meio no mês de janeiro deste ano, contemplando ao todo 154 municípios. Até o momento, foram retirados 151 mil metros cúbicos de sedimentos de pequenos rios, arroios e sistemas pluviais de cidades gaúchas. Atualmente, há 22 frentes de trabalho ativas e duas já concluídas nos municípios de Anta Gorda e Parobé.

O secretário de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano em exercício, Fernando Classmann, esteve em Arroio do Meio na terça-feira (18/3), acompanhando as vistorias no distrito de Forqueta. Ele destacou que o trabalho evidencia o esforço do governo do Estado na reconstrução dos municípios gaúchos.

“Temos aqui a oportunidade de ver de perto a diferença que o programa Desassorear tem feito nessas cidades, trazendo não só benefícios ambientais, ao desobstruir o leito dos rios para a passagem da água, como também para a população, que se sente mais segura com essas ações”, afirmou Classmann.

De acordo com o diretor do Departamento de Apoio às Cidades (DAP) da Sedur, Edinei Pavão, o maquinário iniciou o trabalho em mais sete municípios nesta semana: Maratá, Ipiranga, Eldorado, Dom Pedrito, Travesseiro, Lindolfo e Venâncio Aires. No município de Alvorada, as ações terão início na segunda-feira (24/3). 

O Desassorear RS, Eixo 1, sob responsabilidade da Sedur, conta com investimento de mais de R$ 301 milhões do Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs) e está voltado para recursos hídricos de pequeno porte, como rios menores, arroios e canais de drenagem. O Eixo 2 será implementado em etapa posterior pela Secretaria de Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), contemplando rios de médio e grande porte.

A iniciativa integra o Plano Rio Grande, programa de reconstrução, adaptação e resiliência climática do Estado lançado em 2024, que visa planejar, coordenar e executar ações para enfrentar as consequências sociais, econômicas e ambientais da enchente histórica.

Texto: Paulo César Pedroza/Ascom Sedur
Edição: Camila Cargnelutti/Secom

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