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Projeto Bandas Comunitárias do Governo altera a rotina de crianças e adolescentes gaúchos

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Desenvolver habilidades artísticas de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social por meio do ensino da música e da vivência em grupo. Com este pensamento, foi criado no Rio Grande do Sul um projeto inédito que visa à implementação de bandas marciais comunitárias em municípios com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Realizado pela Secretaria da Justiça e do Desenvolvimento Social (SJDS) em parceria com a Federação dos Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) e patrocinado pelo Banrisul, o projeto Bandas Comunitárias objetiva a inclusão social por meio da formação de dez bandas marciais em dez municípios gaúchos integrantes do Programa Emancipar - Todo Mundo é Cidadão. No total foram investidos R$ 160 mil na ação.

As crianças da comunidade de Medianeira II, do município de Lagoa Vermelha, tiveram sua rotina alterada com o início do projeto Bandas Comunitárias. A regente da banda na cidade, Vanessa Iria Gomes, conta que o número de inscrições foi tão alto que fez com que os integrantes passassem por um processo seletivo. O interesse de toda a comunidade foi grande e nota-se nitidamente que os alunos estão mudando suas vidas. Já estão mais organizados, disciplinados e responsáveis. A regente destaca o esforço dos meninos e meninas. Alguns não têm tanta aptidão como outros, mas a força de vontade é imensa. Eles até levam os instrumentos para estudar em casa, conta.

Para o secretário da Justiça e do Desenvolvimento Social, Fernando Schüler, a experiência das Bandas Comunitárias mostrou que a cultura é uma forte ferramenta de inclusão social quando se trata de crianças e adolescentes. A música ensina disciplina, promove a autoestima, envolve a família e pode representar uma profissão no futuro. Segundo o gestor, criar uma banda muda para melhor toda uma comunidade. Que bom seria se tivéssemos uma banda como estas em todos os municípios gaúchos. Schüler anunciou a expansão do projeto para mais cinco cidades da Região Metropolitana no próximo ano: Porto Alegre, Alvorada, Canoas, Guaíba e Viamão. O investimento será de R4 230 mil.

O presidente da Famurs, Vilmar Perin Zanchin, destaca que o projeto busca o desenvolvimento integral das crianças. Disciplina, organização, respeito, companheirismo e união são as noções básicas de comportamento e aprendizado oferecidos para o desenvolvimento dos alunos. O coordenador do projeto, André de Oliveira, salienta a importância da arte nas comunidades que integram a iniciativa. Nos locais com maiores dificuldades de ascensão social, a música abre espaços para crianças e jovens poderem se expressar. Ao participar de uma atividade artística, o jovem muda a visão sobre si mesmo, aumenta sua autoestima, e passa a sentir-se parte de algo. Passa a ver que tem valor e pode conquistar seus objetivos. A pessoa sente-se incluída.

Projeto Bandas Comunitárias
Em março de 2010 foram distribuídos kits com 30 instrumentos de sopro e percussão para representantes dos municípios contemplados: Candelária, Canguçu, Lagoa Vermelha, Panambi, Parobé, Santiago, Santo Ângelo, Santo Antonio da Patrulha, São Gabriel e São Jerônimo. Com estes instrumentos, as bandas podem ser constituídas por até 50 estudantes, com idades entre 10 e 16 anos, que terão aulas de música gratuita durante cinco meses. Destes, 30 fazem parte da banda como músicos, e o restante integra o pelotão de bandeiras, balizas, mascotes e corpo coreográfico.

O projeto Bandas Comunitárias, desenvolvido no turno inverso ao da escola, objetiva formar não só músicos, como também cidadãos, possibilitando o aprendizado da música, e ao mesmo tempo de disciplina, organização, cooperação, companheirismo, união e amizade. Cada banda terá uma Equipe de Apoio formada por pais e responsáveis, aproximando, assim, as famílias e a comunidade em que estão inseridas.

Criado em 2007, o Programa Emancipar já atendeu mais de 25 mil famílias em 73 municípios gaúchos nas áreas de habitação popular, empreendedorismo, acesso ao crédito, geração de trabalho e renda, qualificação educacional e profissional, valorização de pessoas e proteção social. As comunidades que integram o programa são selecionadas de acordo com indicadores como baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e déficit habitacional. Em todo o Rio Grande do Sul, o Emancipar possibilitou a formação de aproximadamente sete mil pessoas em 317 cursos. Para obras de infra-estrutura urbana, quase R$ 14 milhões já foram destinados, além disso, foram formalizados 45 convênios que beneficiaram quase seis mil famílias com ações habitacionais.

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