Projeto comunitário da Uergs conquista prêmio nacional
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Projeto de Extensão desenvolvido por alunos e professores da Unidade da Uergs (Universidade Estadual do Rio Grande do Sul) em São Luiz Gonzaga conquistou o prêmio Banco Real Universidade Solidária. Participaram da cerimônia de entrega do prêmio no valor de R$ 20 mil, realizada no MASP (Museu de Artes de São Paulo), a coordenadora do projeto, professora Lucinéia Woitchunas, a aluna do Curso de Desenvolvimento Rural e Gestão Agroindustrial, Maria Junges, a representante da comunidade beneficiada, Júlia Maria Melo, e Magda Parker pela Pró-reitoria de Extensão da Uergs. O projeto Cuidar de Gente e do Meio Ambiente - A Produção e Comercialização de Vassouras na Comunidade de Barro Preto, segundo sua coordenadora, busca proporcionar uma alternativa de renda para a Comunidade Rural de Barro Preto, uma das mais carentes de São Luiz Gonzaga, e ao mesmo tempo conscientizar essa população sobre a possibilidade de produzir e cuidar do meio ambiente de forma sustentável. Professora do componente curricular Economia da Cooperação, Lucinéia Woitchunas conta que os 14 alunos envolvidos no projeto já haviam realizado um diagnóstico da comunidade sob a coordenação da professora Ana Margarete Ferreira, com o apoio das Emater/Ascar, da Escola Técnica Estadual Cruzeiro do Sul (que sedia a unidade da Uergs) e da Prefeitura Municipal de São Luiz Gonzaga. Além da coordenadora, participam do projeto os professores Ana Margarete Ferreira, Arisa Luz e Tomás Biavaschi. O diagnóstico mostrou a difícil realidade econômica das famílias do Barro Preto. Júlia Maria Melo, que é líder comunitária na localidade, conta que a comunidade vive basicamente da plantação de alfafa, que é insuficiente para a manutenção das famílias e que ocupa apenas parte da semana. Com tempo sobrando, poderemos alternar o trabalho e aumentar a renda dessas pessoas. Com o diagnóstico pronto foi possível definir o plantio do sorgo e a fabricação de vassouras como alternativa de renda para a comunidade. Aprovado o projeto, alunos e professores terão nove meses para trabalhar com a comunidade toda a cadeia produtiva da vassoura de palha, desde a análise do solo até a comercialização, passando pela capacitação de gestão. Para Maria Junges, que representou os alunos envolvidos no projeto, a premiação do trabalho teve um significado especial por ser a Uergs uma universidade nova e que já tem trabalho se destacando. Comprovamos assim o papel da Universidade, mostrando seu potencial para o desenvolvimento socioeconômico da região. Trabalhando com a comunidade estaremos trocando experiências, repassando a ela a teoria e aprendendo com sua experiência prática, diz a estudante.