Projeto da Bienal do Mercosul entregue à governadora
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A governadora Yeda Crusius recebeu, nesta quarta-feira (18), no Palácio Piratini, o projeto da 6ª Bienal do Mercosul e uma mostra do seu material pedagógico entregues pelo presidente da Fundação Bienal do Mercosul, Justo Werlang, e pelo presidente do Conselho de Administração da Fundação, Jorge Gerdau Johannpeter. O material contém publicações destinadas às bibliotecas das escolas públicas estaduais e municipais e o que deve ser entregue aos professores para difusão da 6ª Bienal junto aos alunos. Distribuída entre o cais do porto de Porto Alegre, Museu de Arte do Rio Grande do Sul e Santander Cultural, a 6ª Bienal ocorre entre 1º de setembro próximo e 18 de novembro. Serão investidos no evento R$ 14 milhões, estima Werlang. A organização e a realização desta Bienal deve gerar 1.150 empregos temporários, dos quais 550 diretos. Um dos diferenciais da 6ª Bienal do Mercosul, é o reforço e a antecipação da parceria com o Estado para o aprofundamento do projeto pedagógico. Começou em outubro do ano passado. Quando forem à 6ª Bienal, os alunos terão conhecimento sobre as obras expostas e seus artistas, por informações de professores. Segundo Werlang, a capacidade instalada em planejamento é para o transporte de 240 mil alunos das escolas do estado e municípios durante a Bienal. Transformação de pessoas Yeda saudou os organizadores e o curador presentes à reunião, juntamente com as secretárias da Educação, Mariza Abreu, e da Cultura, Mônica Leal. Começar o governo e o ano escolar com esta parceria me deixa feliz. Para as atuais e futuras gerações, a importância é maior ainda. Levar e trazer arte, envolvendo alunos e escolas, é um processo de transformação de pessoas. Por isso, estou encantada com a proposta deste ano de aprofundar essa interação, disse a governadora. Johannpeter observou que um jovem que passou por uma ou pelas cinco bienais anteriores, é certamente outra pessoa. Estamos mobilizando toda a nova geração com uma forte atuação no projeto pedagógico. Já há a tradição, mas agora o processo foi aprimorado. O empresário ainda destacou a importância da bienal para o Rio Grande do Sul. A imagem do Estado não é só feita de produtos, fábricas, mas também do nosso movimento cultural. Na avaliação da secretária da Cultura, Mônica Leal, participar de um projeto desta dimensão e alcance é algo motivador. Mas a preparação dos professores e o envolvimento das secretarias da Educação e a da Cultura, para que despertem nas crianças e nos jovens o amor à arte, para que eles cheguem a uma exposição conhecendo o que estão vendo, tem grande significado. No passado se levava alunos a uma exposição e o significado para o aluno era o de não ter aula. Agora, o significado é inclusão, disse a secretária. Evento Entre os diferenciais da 6ª Bienal em relação às anteriores, Werlang citou como exemplos a presença de um curador-geral não brasileiro, o espanhol Gabriel Pérez-Barreiro, e a presença de artistas entre os curadores, como Alejandro Cesarco (Uruguai). Outro relevante é a ausência de um tema. Desta vez temos uma metáfora, que é a Terceira Margem, um conto do escritor Guimarães Rosa, que permeia todo o projeto desta Bienal, explicou o presidente. Em síntese, nos 79 dias da 6ª Bienal do Mercosul haverá três exposições monográficas: uma do artista Jorge Macchi (argentino), outra de Öyvind Fahlström (brasileiro-sueco) e Francisco Matto (uruguaio). Haverá outras três exposições coletivas de artistas, além das mostras Conversas (exposição inovadora que explora relações de artistas contemporâneos do Mercosul) e Zona Franca (exposição de arte contemporânea mais significativos na visão de curadores internacionais). Depois da Bienal, se inicia uma segunda etapa. É a da fase itinerante, adianta Justo Werlang. A Bienal sairá do Rio Grande do Sul para ser apresentada nos EUA (Texas e Flórida), Buenos Aires (Argentina), Montevidéu (Uruguai), Santiago (Chile), Florianópolis, Curitiba e São Paulo. Outras cidades podem ser incluídas neste roteiro, dependendo de negociações em andamento.