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Projeto de gaseificação do carvão é apresentado em Candiota

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Representantes das empresas interessadas em implantar uma usina de gaseificação de carvão mineral no Rio Grande do Sul estiveram na unidade da Companhia Riograndense de Mineração (CRM), em Candiota, na quinta-feira (12), identificando locais para o empreendimento. Os empresários do consórcio integrado pela Delta H Tecnologia, Brumetal, Grupo Imetame e Estel Elétrica reuniram-se com o superintendente da Mina, José Fernando Oliz, o superintendente administrativo, Oxcilei Duarte e o prefeito de Candiota, Luiz Folador.

Após um sobrevoo na cidade, os investidores ressaltaram que o município reúne todas as condições para concretização do projeto ao oferecer a matéria prima necessária (carvão). Conforme o representante da Brumetal, Daives Carlo de Souza Alvarenga, a CRM é considerada uma empresa estratégica para o grupo por agregar valor ao produto.

O engenheiro da Delta H, Sérgio Leite Lopes, explicou que as pesquisas sobre gaseificação se iniciaram em 2006, reunindo diversos estudos e parcerias para o desenvolvimento do projeto, adequadas às tecnologias internacionais mais modernas. O projeto-piloto, iniciado no Espírito Santo, por meio de uma planta semi-industrial de 2MW, já conquistou a marca de mil horas trabalhando com sucesso.

Gaseificação
A tecnologia de gaseificação em leito fluidizado é considerada a forma mais limpa e eficaz de uso do carvão mineral na geração elétrica e hidrogênio combustível. Conforme estudos é possível basear o conhecimento brasileiro em experiências de países como a Austrália e a África do Sul que utilizam o mineral com excelência para contrapor o estigma no qual o carvão é considerado o grande vilão devido à falta de tecnologias no seu processamento.

O procedimento de gaseificação foi detalhado pelo representante da Delta H ao salientar que apesar do poder calorífero do carvão candiotense ser um pouco mais baixo, o resultado dos testes surpreendeu positivamente. A planta em Candiota deverá ser de 10MW, mas com possibilidade futuras de ampliação. É um projeto que tem valor financeiro, ecológico e social, pois não vamos impactar nem a natureza e nem a sociedade, além de podermos transportar a energia e gerá-la em alta escala, disse Sergio Lopes.

Texto: Nadiane Momo
Edição: Redação Secom (51) 3210.4305

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