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Projeto financiado pela SCT recebe prêmio de inovação social

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Água tratada saída da torneira não é uma realidade em todos os lares brasileiros. Em muitos municípios, particularmente nas localidades do interior, as comunidades utilizam a água de poços e fontes naturais. O projeto Filtro para desfluoretação de águas subterrâneas, desenvolvido pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), foi o vencedor do Prêmio Finep de Inovação Tecnológica 2005, na categoria Inovação Social. O trabalho de tornar a água adequada ao consumo humano conta com recursos aprovados na consulta popular para o Programa de Pólos de Modernização Tecnológica, da Secretaria da Ciência e Tecnologia. Para deixar a água dentro dos padrões normais, foi criado o filtro para desfluoretação. O equipamento é confeccionado com tubos de PVC e carvão ativado. O carvão é o responsável por reduzir o índice de flúor na água. Caso esse índice seja excessivo, ele pode provocar conseqüências como a fluorose dental e problemas nos ossos e articulações. Há um ano, a universidade monitora oito protótipos do filtro. Todos os resultados indicaram a remoção do excesso de flúor. As formas de construção e operação do filtro serão encaminhadas à Fundação Nacional de Saúde (Funasa) para que o equipamento possa ser disponibilizado às comunidades onde houver necessidade. Segundo os pesquisadores, o filtro tem baixo custo e pode ser instalado pelo próprio usuário. O projeto Unisc concorreu com outros 44 trabalhos de instituições de ensino e empresas de todo o país. A pesquisa começou em 1996, especificamente na região do Vale do Rio Pardo. Entre 1997 e 1999, professores e alunos do Departamento de Biologia e Farmácia observaram que em 10,6%, dos 500 poços pesquisados, a água apresentava concentrações excessivas de flúor. Como premiação pela participação, o projeto receberá benefícios como um selo alusivo ao prêmio, certificado de participação, pedido de patente do produto e registro de marca, entre outros. A pesquisa foi desenvolvido pelos departamentos de Biologia e Farmácia, de Química e Física, e de Engenharia, Arquitetura e Ciências Agrárias, com a colaboração do Pólo de Modernização Tecnológica do Vale do Rio Pardo.
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