Próximos concertos da Ospa serão regidos por Emmanuele Baldini
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Os próximos dois concertos da Ospa serão regidos pelo maestro italiano radicado no Brasil, Emmanuele Baldini, atual spalla da Osesp (Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo). O primeiro é o Concerto para Juventude, que ocorre no próximo domingo (25), às 11h, no Salão de Atos da Ufrgs. O segundo é o 20º Concerto Oficial, que será realizado na terça-feira (27), às 20h30min, na Igreja Nossa Senhora de Lourdes (Rua General Caldwell, 1022 - Porto Alegre). Os dois espetáculos têm entrada franca.
No domingo, serão executadas Concerto LEstate (O Verão - das Quatro Estações), uma das obras mais famosas de Antonio Vivaldi (1678-1741); em seguida, o primeiro movimento de Concerto para Violino e Orquestra, de L. Van Beethoven (1770-1827); e, por último, Bachiana Brasileira nº 4, de H. Villa Lobos (1887-1959).
Já na terça-feira (27), o programa do 20º Concerto Oficial traz Concerto para Violino e Orquestra, de L. Van Beethoven com solo e regência de Baldini, Overture, Scherzo e Finale, op. 52, de Robert Schumann (1810 -1856); e Bachiana Brasileira nº 4, de Villa Lobos.
Além de spalla da Osesp, Emmanuele Baldini é membro do Quarteto de Cordas Osesp. Nascido em Trieste, na Itália, iniciou os estudos de violino com Bruno Polli e em seguida aperfeiçoou-se na classe de virtuosidade de Corrado Romano em Genebra, com Ruggiero Ricciem Berlim e Salzburgo e, em música de câmara, com o Trio de Trieste e com Franco Rossi, violoncelista do Quartetto Italiano.
Venceu o primeiro concurso internacional aos 12 anos de idade e, mais tarde, o Virtuositè de Genebra e o primeiro prêmio do Fórum Junger Künstler de Viena. Apresentou-se em recitais nas principais cidades italianas e européias e participou de longas turnês pela América do Sul, Estados Unidos, Europa, Austrália e Japão.
Tanto como solista como em recitais para violino e piano, apresentou-se por toda Itália e pelas principais cidades européias: Viena (Konzerthaus), Linz (Brucknersaal), Genebra (Victoria Hall), Munique (Gasteig), Berlim, Colônia, Frankfurt, Salzburg, Ljubljana, Bruxelas, Budapeste (Academia Liszt), Luxemburgo, Paris e Copenhague. Também se apresentou nos EUA (Nova York, Miami e Phoenix), Albânia (Tirana), Turquia (Istambul), Argentina (Buenos Aires, Rosário, Mar del Plata, Córdoba), Brasil (São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Salvador, Curitiba), Austrália (Sidney, Melbourne, Adelaide), Chile, além de ter feito quatro longas turnês pelo Japão.
Interpretou os principais concertos do repertório para violino acompanhado das orquestras Wiener Kammerorchester (Mozart), Rundfunk Sinfonieorchester Berlin (Schumann), Orchestre dela Suisse Romande(Schostakovich), Sinfônica do Estado de São Paulo (Beethoven, Schumann, Casella), Flanders Youth Philharmonic Orchestra (Bruch), Sinfônica da Moldávia (Brahms e Mendelssohn), Sinfônica de Trieste (Mozart e Dvorák), Orquestra de Câmara de Mântua (Mozart), entre outras.
Estabeleceu-se como um dos grandes talentos de seu país, tendo sido elogiado pelo Trio di Trieste e por músicos como Claudio Abbado, Riccardo Muti, Daniele Gatti, Aldo Ciccolini, Franco Gulli, Ruggiero Ricci e Franco Rossi.
SOBRE AS OBRAS:
Entre as mais famosas obras de Vivaldi está a Le Quattro Stagioni, conhecida em português como As Quatro Estações. São quatro concertos para violino e orquestra compostos entre os anos de 1723 e 1725, muito aclamado por toda a Europa logo após a sua publicação. Nas Quatro Estações, cada concerto é baseado em um soneto que sumariamente descreve uma das estações do ano. Movimentos individuais, assim como passagens em cada um dos movimentos, são relacionados com específicas linhas de poesia. Não se sabe a origem ou autoria desses poemas, mas especula-se que o próprio Vivaldi os tenha escrito.
Uma das peças mais executadas do repertório de violino, Concerto para Violino e Orquestra, foi composta por Beethoven para seu colega violonista Franz Clement. O concerto não fez muito sucesso na época, tendo sido executado apenas uma vez na vida de Beethoven, em 1812. Porém, a obra foi redescoberta por Mendelssohn, que, em 1844, dirigiu uma interpretação com o renomado violinista Joseph Joachim. Desde então, passou a ser considerada uma das obras mais significativas para violino do mundo.
Overture, Scherzo e Finale, op. 52 foi escrita por volta de 1840, por Schumann, logo depois da aclamada Sinfonia nº1. A obra é tida como a segunda sinfonia do compositor, porém há divergências nesta nomenclatura, pois não possui características claras de sinfonia nem de suíte, além de não ter nenhum movimento lento.
Considerado um dos maiores compositores brasileiros, Villa-Lobos consagrou-se ao sintetizar duas culturas muito distantes - a música popular brasileira e a música erudita ocidental. Como violonista, integrou grupos de Choros e percorreu o Brasil assimilando folclores para suas composições. Em As Bachianas Brasileiras, Villa-Lobos incorpora as formas de J. S. Bach (como sugere o título) com temas brasileiros.
SERVIÇO:
CONCERTO PARA JUVENTUDE
Quando: Domingo (25/9), às 11h
Onde: Salão de Atos da Ufrgs (Av. Paulo Gama, 110)
PROGRAMA:
Antonio Vivaldi - Concerto LEstate (O Verão - das Quatro Estações)
L. Van Beethoven - 1° mov. do Concerto para violino, Op. 61
Villa- Lobos - Bachiana Brasileira n° 4
Regência: Emmanuele Baldini
ENTRADA FRANCA
20º CONCERTO OFICIAL
Quando: Terça-feira (27/9), às 20h30
Onde: Igreja Nossa Senhora de Lourdes (Rua General Caldell, 1022 ? Porto Alegre)
PROGRAMA:
L. Van Beethoven - Concerto para Violino e Orquestra
Robert Schumann - Ouverture, scherzo e finale, op. 52
Villa- Lobos - Bachiana Brasileira n° 4
Regência: Emmanuele Baldini
ENTRADA FRANCA
Texto: Raphaela Donaduce
Edição: Redação Secom