Quati é destaque de junho do projeto A Hora do Bicho
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Dando continuidade ao Projeto A Hora do Bicho edição, em sua segunda edição, a Fundação Zoobotânica do RS divulga o quati como animal do mês de junho. Pertencente à família procyonidae da espécie nasua nasua, o quati habita florestas, cerrados e caatingas da América do Sul. Alimenta-se de carnes e vegetais, pequenos animais, ovos de pássaros e frutos. Também costumam fuçar o chão em busca de larvas e raízes. Animal de hábitos sociais, que vive em grupos compostos por fêmeas, filhotes e jovens, o quaiti sobe com facilidade em árvores, onde descansa, dorme e tem suas crias, em ninhos previamente construídos. O macho, ao atingir a maturidade sexual, com cerca de dois anos, abandona o grupo e leva vida solitária. Procura as fêmeas somente em época de acasalamento. No Zôo de Sapucaia, são mantidas em exposição três fêmeas bastante ativas, tanto no chão quanto nos galhos. Recebem carne e frutas e usam seu comprido focinho, principalmente o nariz, para procurar insetos. Extinção Devido à destruição e à redução das florestas, o quati está ameaçado de extinção. Outro motivo de risco é a perseguição que sofre por causar danos a lavouras e pomares. Segundo o Livro Vermelho da Fauna Ameaçada de Extinção no Rio Grande do Sul (2003), o quati encontra-se na categoria ameaçada-vulnerável. Desenvolvido pelo Centro de Educação Ambiental do Parque Zoológico de Sapucaia do Sul, o projeto A Hora do Bicho teve início em 2004, para divulgação de espécies da fauna nativa em vias de desaparecimento, com o propósito de conscientizar a população sobre a importância de protegê-las para preservar a harmonia da natureza. Além disso, o programa apóia a campanha de coleta seletiva de lixo Cada macaco no seu galho, cada lixo no seu cesto, que distribui sacolas, bótons e folhetos explicativos. A maioria dos animais incluídos no A Hora do Bicho é pouco conhecida e não-procurada pelos visitantes do Zôo, que normalmente dão preferência à girafa, ao elefante, a tigres ou leões. Nesta segunda edição, o projeto enfoca, além das espécies nativas do Estado, também algumas da fauna brasileira ameaçadas de extinção. De maio de 2005 a abril do próximo ano, as espécies em destaque são as seguintes: bugio-preto (maio), quati (junho), tamanduá-mirim (julho), águia-chilena (agosto), papagaio-chauá (setembro), arara-azul (outubro), cateto (novembro), papagaio-peito-roxo (dezembro), pato-do-mato (janeiro), sabiá-cica (fevereiro), guarajuba (março) e veado-virá (abril).