Quintiliano avalia agronegócio gaúcho em Carazinho
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O secretário da Agricultura e Abastecimento, Quintiliano Vieira, detalhou, nesta quarta-feira (11), em Carazinho, o papel do Governo do Estado em relação ao agronegócio gaúcho, além de avaliar a situação do setor primário no Rio Grande do Sul. Em reunião-almoço na Associação Comercial e Industrial de Carazinho (Acic), o dirigente apresentou as principais ações da SAA e quatro instituições coligadas nas áreas de sanidade animal e vegetal e acompanhamento da produção, distribuição e armazenagem de grãos. “O Rio Grande do Sul hoje é um grande laboratório agropecuário, um Estado vocacionado ao agronegócio e, independentemente da situação política regional e nacional a, atividade agropecuária não pode cessar, sendo o governo estadual um parceiro dos municípios e dos produtores rurais”, considerou. Quintiliano projetou que entre os principais desafios do setor primário, em particular do Norte do Estado, está o enfrentamento das dificuldades na lavoura tritícola, com rendimento prejudicado devido a geadas ocorridas nesta safra, e aumento da produtividade de milho. “O Estado é o maior importador de sementes de milho do país e há ainda diferenças de produtividade entre as regiões; recentemente a SAA adquiriu 418 mil sacas de sementes para distribuir a 200 mil famílias beneficiárias do programa Troca-Troca”, exemplificou. Outro empreendimento sugerido por Quintiliano é que a bovinocultura tenha um sistema de georreferenciamento similar ao utilizado no setor avícola, desenvolvido em parceria entre Estado, iniciativa privada e universidades. Ele também atribuiu ao governo federal responsabilidade por entraves à produção primária “Pior do que as graves estiagens de 2004 e 2005 é a persistência de problemas cambiais”, ponderou. O secretário da Agricultura assegurou que a administração gaúcha faz sua parte na área de sanidade animal, “garantindo a informatização de 70 das 250 inspetorias veterinárias até o final deste mês, havendo a emissão de Guia de Trânsito Animal de maneira eletrônica”. Conforme Quintiliano, esse número apenas não é maior em decorrência de exigências administrativas. Ele demonstrou que o setor pecuário continua vital para a economia gaúcha, mantendo rebanhos de 13,6 milhões de cabeças de bovinos, 2,9 milhões de suínos, 3,4 milhões de ovinos, além de 80 milhões de aves. “Em apenas oito meses deste ano, o Rio Grande do Sul exportará 200 mil toneladas de carne suína, das quais metade para a Rússia; podemos apontar igualmente a abertura de frigoríficos e a retomadas das vendas avícolas, além da retomada do mercado chileno para a nossa produção de carne bovina”.