A Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), por meio do Departamento de Florestas e Áreas Protegidas (Defap), estará lançando na região da Produção o Programa de Restauração de Mata Ciliar. O evento acontecerá dia 10 de novembro, no município de Ronda Alta, às 10 horas, no Esporte Clube Brasil (Travessa São Jorge, s/n°, centro). O evento é organizado pela Agência Florestal da Sema em Passo Fundo. O Programa de Restauração de Mata Ciliar busca recompor a vegetação às margens e no entorno dos corpos hídricos em Bacias Hidrográficas do Estado. As mudas de espécies nativas são fornecidas pela Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), em cumprimento à reposição florestal obrigatória por supressão de vegetação, devido à implantação de linhas de transmissão e distribuição. O plantio de mudas vem sendo realizado há dois anos, tendo atingido, inicialmente, as Bacias Hidrográficas dos Rios Santa Maria e Uruguai. Foram plantadas aproximadamente 100 mil mudas. Conforme o secretário estadual do Meio Ambiente, Mauro Sparta, o Programa se estenderá para as demais bacias do Estado, pois se percebe uma degradação significativa no entorno de cursos d’água, o que prejudica a quantidade e a qualidade dos mananciais hídricos. A mata ciliar ajuda a reduzir a erosão e contém poluentes que seriam levados para dentro dos cursos d’água. Atualmente, conservar os nossos recursos hídricos é uma das maiores preocupações, ressalta Sparta. Entre as espécies utilizadas no programa estão ingá, branquilho, salseiro, pitangueira, sarandi, araçá, guabiroba, maricá, cambuim, jerivá, aroeira, sete-capotes e chal-chal. Vegetação ciliar Mata ciliar é qualquer vegetação que ocorre nas margens de rios, sangas, córregos, lagoas, nascentes e reservatórios d’água, naturais ou artificiais. Também é conhecida por mata de galeria, mata de várzea, vegetação ripária e formação ribeirinha. As matas ciliares são consideradas áreas de preservação permanente pelo Código Florestal Federal. A vegetação ciliar é importante porque protege as ribanceiras da erosão e do conseqüente assoreamento dos recursos hídricos, conservando a qualidade e o volume das águas, funciona como filtro, retendo poluentes, defensivos agrícolas e sedimentos que seriam levados para os cursos dágua; auxilia na infiltração das águas da chuva no solo, contribuindo para o abastecimento dos lençóis freáticos; colabora na manutenção da biodiversidade, entre outros fatores.