Reinstalada a Câmara Setorial do Arroz em São Borja
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Durante a manhã deste sábado de interiorização, o secretário de Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Luiz Fernando Mainardi, convidou a comunidade e autoridades para participar às 14h da reinstalação da Câmara Setorial do Arroz no município. Desativada há mais de quatro anos, a retomada desta câmara setorial é fundamental para o crescimento e o desenvolvimento do setor orizícula do município e região.
Durante a solenidade, foram apresentados os segmentos que irão integrar a Câmara, sendo eles, Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Pecuária (que fará a supervisão da câmara), Secretaria da Fazenda e Secretaria de Desenvolvimento e Recursos Internacionais. Integram também como convidados a Federação da Agricultura do estado do RS, Federação das cooperativas de arroz do RS, Sindicato das indústrias do arroz do RS, Sindicato das indústrias de arroz de Pelotas, Federação da associação dos arrozeiros do RS, Associação brasileira das indústrias do arroz parborizado, Associação dos produtores de sementes do RS, Associação gaúcha de supermercados, Federação dos trabalhadores da indústria da alimentação, Instituto Rio-grandense do arroz, Rede de plantio direto e Federação dos trabalhadores na agricultura.
Após a abertura da solenidade o Secretário Mainardi declarou iniciada a reunião. Estamos propondo, a partir deste contato feito com as entidades que nos acompanham reabrir para dar inicio, portanto ao trabalho que defendemos na busca de soluções para o problema do arroz para esta importante atividade de nosso estado. Em seguida, o governador Tarso Genro repetiu o que já vem dizendo em algumas entrevistas, eu não sei se nós vamos solucionar todos os problemas do setor, mas o que eu posso garantir é que nós vamos passar para uma nova etapa, uma nova época da questão de todo o nosso setor produtivo aqui do estado e simbolicamente, especialmente e radicalmente na questão da nossa produção orizícula. Isto não é um coelho que tiramos da cartola ou da imaginação amadora. Tenho visto que a questão do arroz, de certa forma, condensa e amplia o conhecimento das nossas questões econômicas ao nosso plano econômico e que se vincula a economia global e consequentemente a economia nacional e de todos os países que estão integrados hoje, seja como globalizantes ou como globalizados e que tem no arroz um ingrediente importante para a solução de todos os problemas.
Conforme o governador os produtores de arroz estão em todas as camadas da sociedade, micro produtor, pequeno, médio e grande produtor, portanto ele faz um corte radical em toda a sociedade. Nós temos dentro do setor 80% que são médios, pequenos e micro-produtor, que estão em uma atividade econômica que influi no Rio Grande do Sul de maneira direta, expressiva. E em segundo lugar as questões da globalização econômica que nos estamos vivendo, finaliza ele, dizendo que o Governo irá fazer o enfrentamento político necessário para resgatar a possibilidade do setor, para que possam trabalhar com renda, com dignidade. Nós vamos fazer um trabalho sério, responsável e ter um programa de ação política e administrativa local, nacional e global a respeito desta questão, um trabalho de curto, médio e longo prazo, nós estamos definindo na verdade o rumo do modelo de desenvolvimento do país finaliza Tarso.
Para o representante dos produtores da cadeia orizícula, Edair Marchezan a iniciativa de reativar a câmara setorial, é um passo importante para que sejam amenizadas as dificuldades que o setor tem hoje. Conforme ele sentando e dialogando e cada um obtendo uma parte deste lucro que esta tendo ai eu acho que vai viabilizar a comercialização do arroz. Hoje, os arrozeiros estão iniciando uma colheita de ótima qualidade, porém não se tem a comercialização, fala ele, referindo-se a vontade que o setor tem que o governo não lance mecanismos e não efetive estes mecanismos, enquanto isso acontecer, diz ele, nos não temos saídas. O produtor ressalta ainda que o arroz do Mercosul, por ter um custo diferenciado é um grande prejudicial, por vezes vindo bagunçar o mercado brasileiro.
A reativação da câmara setorial do arroz traz para os produtores a esperança, no momento em que o governo do Estado eou federal consiga compensar para que o custo de produção seja competitivo. Nós somos competentes, mas não somos competitivos da maneira como esta colocada hoje, referindo-se ao valor que é R$ 23 e R$ 25, e o preço que está estabelecido pelo IRGA é R$ 30, diz ele.
Os encaminhamentos desta reunião serão apresentados em breve.