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Relatório do projeto Seival é entregue a Rigotto

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O governador Germano Rigotto recebeu hoje (09), no Palácio Piratini, as conclusões do grupo de trabalho do Projeto Seival, um empreendimento pronto para ser executado pela empresa alemã Steag em 2004: a construção de uma usina termelétrica a carvão de 560 megawatts de potência, no município de Candiota, orçada em US$ 800 milhões. Elaborado nos últimos 90 dias pelo Governo do Estado e os empreendedores, o estudo de 60 páginas foi examinado por Rigotto em reunião com os dirigentes da Steag e da Copelmi e os secretários de Energia, Minas e Comunicações, Valdir Andres, e do Desenvolvimento e dos Assuntos Internacionais, Luis Roberto Ponte. Mais de US$ 6 milhões já foram investidos pela Steag no projeto e, para sair do papel, a obra aguarda apenas definições do governo federal. O projeto Seival está concluído e, no próximo dia 30, na cidade de Essen, na Alemanha, onde se localiza a matriz da Steag, o governador estará assinando o acordo de consolidação da usina que vai gerar 2,5 mil empregos durante a construção e 500 postos de trabalho fixos em 2007, quando terão início as operações. Dentro do investimento, já foi adquirido o terreno - de 450 hectares -, obtida a licença prévia do Ibama, encaminhadas as solicitações de financiamento ao BNDES e o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) já autorizou a conexão de energia de Seival à rede interligada de energia, além da outorga do uso de água. Parceria As conclusões do grupo de trabalho foram aprovadas e ampliadas pelo governador e começarão a ser implementadas nos próximos dias. Por sugestão de Rigotto, ele terá uma audiência com a ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, antes de viajar à Alemanha. O objetivo é comunicar à ministra a possibilidade de formação de parceria entre a Steag e o governo federal. A sugestão do governador foi aceita pelo presidente da Steag no Brasil, Artur Werhum, que concordou em se associar ao governo federal para concluir a usina de Candiota III. Para a formalização da união, a Steag exige a realização de uma auditoria nos equipamentos da usina, encaixotados há mais de 20 anos - se eles tiverem garantia de performance e condições de atualização com a tecnologia Steag, a parceria poderá ser acertada. De acordo com Rigotto, a meta do Governo do Estado no setor de energia é trabalhar pela viabilização dos projetos Seival e Candiota III, sem disputa entre os dois. As vantagens da associação - Steag/governo federal -, na avaliação do governador, são inúmeras, como por exemplo, o término de uma obra que se arrasta há décadas, a modernização de Candiota III com a tecnologia da Steag, que poderá produzir energia térmica limpa, sem poluição, e a geração de mais 350 MW energia para o RS. Entre outras decisões do grupo de trabalho, destacam-se: a manutenção do grupo em caráter permanente até a implantação do empreendimento, a constituição de uma frente parlamentar de apoio à inclusão do carvão na matriz energética do país e a garantia de compra da sua energia. Estratégico O governador disse que, dentro do modelo energético do governo federal, queremos assegurar uma boa fatia para o carvão, uns 1,2 mil MW, com garantia de preço. A ministra tem sido aliada e lutado por isso. Vamos avaliar a possibilidade desta parceria, já que, pela primeira vez, a Steag sinalizou neste sentido. Rigotto ressaltou que o projeto Seival é estratégico para o Rio Grande do Sul e que se trata de energia térmica a carvão limpa, sem poluição e o caminho da energia é a diversificação da energia pela biomassa, gás, termeletricidade e eólica. Para o governador, é fundamental para o Brasil a redução da dependência da energia hídrica. No Estado, estão as maiores reservas carboníferas do país, lembrou. O protocolo entre o governo gaúcho e a Steag prevê que 60% dos equipamentos da termelétrica terão que ser de fabricação nacional, preferencialmente gaúcha. O superintendente da Steag, no Projeto Seival, Roberto Faria, informou que a vida média de uma usina a carvão é de 40 anos. A usina não deverá operar inicialmente na geração de 500 MW - a potência líquida dos 560 MW. A termelétrica vai produzir de 250 MW a 300 MW.
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