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Representantes do Estado e da Fetag reúnem-se na Conferência Climática da ONU

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O secretário do Meio Ambiente, Berfran Rosado, reuniu-se em Copenhague com o assessor de Política Agrícola e Meio Ambiente da Fetag, Alexandre Scheifler. Na pauta do encontro, que teve a participação do secretário de Relações Institucionais do Estado, José Alberto Wenzel, as preocupações comuns da Sema e da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no RS sobre o enfrentamento às mudanças climáticas. Além das discussões internacionais, que na quinta-feira estavam voltadas para os impasses entre os países desenvolvidos e em desenvolvimento quanto aos acordos que devem ser firmados nesta sexta-feira (18), último dia da Cúpula da ONU sobre Mudanças Climáticas, Berfran e Alexandre também trataram de questões locais.

A Sema e a Fetag têm forte parceria que vão desde as propostas sobre alterações no Código Florestal Brasileiro e passam pela criação do Balcão Fetag, que ocorreu em 2009. Com este instrumento, foi possível implementar o Cadastro Florestal, onde o produtor ou o sindicato rural acessa o site da Fetag e cadastra seus dados e os dados da propriedade, deixando que a federação encaminhe os processos à Sema, facilitando para o produtor. Outra ação importante para a agricultura e para o meio ambiente é a portaria que estabelece rito especial para o licenciamento ambiental das propriedades com até quatro módulos rurais, com assistência técnica da Emater. Com este procedimento, o produtor poderá optar por um licenciamento da propriedade, recebendo uma certidão da regularidade ambiental.

Embora satisfeitos pelo o que a COP15 representou, envolvendo 192 países que ainda buscam acordos pela redução das emissões dos gases de efeito estufa, o secretário do Meio Ambiente e o assessor da Fetag para a área ambiental estavam apreensivos quanto aos compromissos que devem ser assumidos por todos. Para Berfran Rosado, é fundamental que os países em desenvolvimento também estabeleçam e cumpram metas de redução. Não podemos aceitar metas insuficientes, mas se não houver maior comprometimento coletivo, é o que pode ocorrer, fazendo com que as decisões definidas na COP tenham de ser revistas em um ano, declarou. Segundo ele, o compromisso é coletivo entre as nações e, no âmbito dos países e dos estados, as ações devem ser contínuas, crescentes e devem envolver toda a sociedade.

Berfran alerta que acordos como os firmados no Japão, em 1997, e os que serão definidos na Dinamarca são fundamentais para o planeta. Necessitam, contudo, de ações cotidianas empreendidas por cada um dos cidadãos, do setor público e do produtivo. Neste sentido, o secretário destacou o trabalho que a Fetag vem fazendo com os pequenos produtores, orientando-os a adotarem práticas sustentáveis de produção, que beneficem o ambiente. O produtor é um grande aliado nos cuidados com os recursos naturais, pois sabe que o sustento de sua família depende dele, frisou.

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