Reservatórios de água que abastecem usinas estão com 85% da sua capacidade
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Os reservatórios de água que abastecem as usinas hidrelétricas gaúchas estão com 85%, em média, de sua capacidade preenchida. No mesmo período do ano passado, o armazenamento de água estava em torno de 60%. Mesmo assim, a geração de energia das hidrelétricas do Rio Grande do Sul foi cortada pela metade – de um potencial de 2.835 MW, 1.450 MW de energia estão sendo gerados diariamente. O secretário de Energia, Minas e Comunicações, Valdir Andres, explica que a medida foi tomada para economizar água nos reservatórios, que são de pequeno poder de armazenamento. Com uma seca de 20, 30 dias, nossos reservatórios esvaziam, diz. Andres salienta que as usinas térmicas a carvão e a gás estão gerando energia quase a pleno, como medida de precaução. A usina térmica de Uruguaiana, por exemplo, está produzindo 506 MW (de um total de 600 MW) com o gás vindo da Argentina. A usina da Petrobras em Canoas está produzindo 104,5 MW (de um total de 160 MW). As usinas térmicas Presidente Médici, em Candiota, e Charqueadas, em Charqueadas, estão gerando cerca de 30% do seu potencial. Há ainda uma boa reserva térmica para utilizarmos se for preciso, revela o secretário. O total de geração térmica é de 745,6 MW no Estado. A geração hídrica está em 510,7 MW, resultando numa geração própria de 1.256,3 MW médios. A importação de energia do Sistema Interligado Nacional está em cerca de 2 mil MW. Conforme Andres, a média diária de importação de energia no Rio Grande do Sul tem sido de 61%. A média anual de transferência de energia de outras regiões para o RS fica ao redor de 40%. Andres reitera que não há risco do Rio Grande do Sul sofrer racionamento ou falta de energia elétrica. O secretário salienta que a capacidade do Estado é para suportar uma demanda de até 4.900 MW. Apesar de estarmos comprando mais da metade da energia consumida no Estado, os consumidores podem ficar tranqüilos que não haverá aumento de tarifas por esta razão, garante.