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Reunião de CREs discute financiamento educacional e níveis de aprendizagem

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A relação entre os gastos educacionais e o desempenho escolar dos alunos foi debatida nesta quinta-feira (6), no segundo dia de reunião dos coordenadores regionais de Educação, realizada no Centro Administrativo, em Porto Alegre. A secretária da Educação, Mariza Abreu, apresentou um estudo coordenado pelo Instituto Futuro Brasil (IFB), que mostra o volume de recursos financeiros investidos por redes municipais de todo país e o nível de aprendizagem dos estudantes em português e matemática. O estudo teve como objetivo demonstrar a relação entre aumenta dos recursos financeiros e melhoria da qualidade da educação. Para identificar a qualidade do ensino, o trabalho utilizou a nota média ponderada dos alunos matriculados por município. No caso dos investimentos, o IFB considerou os gastos por estudante no Ensino Fundamental. Como variáveis de controle, foram verificadas a escolaridade média dos maiores de 25 anos de cada localidade, a proporção de docentes com curso superior e o número de horas/aula por dia. O estudo reuniu dados da Secretaria do Tesouro Nacional, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, do Ministério da Educação (Inep/MEC) e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Mariza Abreu explicou que, segundo a pesquisa, o aumento nos gastos com Educação não é suficiente para que haja melhora na qualidade do ensino público. Expondo gráficos com a posição relativa ao número de investimentos e ao nível de aprendizagem dos alunos de cada município analisado, a secretária afirmou que, quando existente relação direta entre gastos e desempenho escolar, o resultado qualitativo é pequeno. Para se obter qualidade na Educação, Mariza Abreu defendeu a articulação de fatores como a concepção de um novo padrão de gestão, a distribuição de investimentos e a quantidade de horas/aula: Aumentar salários e recursos em estrutura física não são suficientes para melhorar a qualidade do ensino. É necessário elevar o número de horas/aula para aprimorar o nível de aprendizagem. Outros estudos já mostraram isso. Nos municípios das regiões Sul e Sudeste do país são verificados exemplos onde o volume de investimentos é proporcional à qualidade do ensino. Existem prefeituras que aplicam uma quantidade de recursos maior do que a média geral e, ao mesmo tempo, os estudantes possuem uma escala de proficiência elevada. No entanto, observando o conjunto total de municípios, a relação direta entre financiamento e qualidade da Educação não se confirma.
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