Os cerca de 70 extensionistas, pesquisadores, agricultores e estudantes que estiveram hoje (1º), em Taquari, definiram as principais linhas que a pesquisa na área de mandioca deve adotar nos próximos anos. Eles participaram da IV Reunião Técnica Estadual da Mandioca, que apontou a necessidade de mais estudos na purificação das variedades e no uso do ácido cianídrico como biocida. Também vão pleitear mais recursos dos governos para a pesquisa da cultura e deverão fazer um material técnico voltados para os agricultores esclarecendo sobre as principais doenças que ocorrem na mandioca e seu manejo. A Reunião foi promovida pela Emater e Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária. Nela, o principal tema discutido foi o uso da mandioca na alimentação animal. Segundo pesquisa apresentada, o valor nutricional da rama da mandioca na silagem é superior ao da alfata, tida como a rainha das forrageiras. A rama tem mais 30% de sua composição de proteína. O cuidado que os produtores devem ter é com a ingestão in natura pelos animais, sem a maceração feita através da silagem ou cozimento, que pode causar introxicação. Ainda foi discutido o uso da mandioca - o aipim - na alimentação humana. É um dos alimentos mais completos, tem proteína, vitamina A, mais vitamina C que o limão e tem carboidratos, explica Eldo Stertz, da Emater de Mato Leitão. A mandioca está presente em praticamente toda pequena propriedade do Rio Grande do Sul e tem aproximadamente 88,9 mil hectares cultivados. Para o pesquisador da Fepagro, Zeferino Chieli, a reunião cumpriu os objetivos de checar junto aos extensionistas e produtores como está o cultivo no campo. Chamamos os produtores para serem nossos parceiros, diz. A reunião apontou caminhos para a pesquisa e para a ações de extensão. A Reunião também definiu que uma comissão de técnicos irá estudar a organização de um fórum de discussão de agroindustrialização da mandioca. Os participantes do encontro de hoje definiram a próxima Reunião Técnica, que ficou marcada para 2005, no município de Cruzeiro do Sul, Vale do Taquari.