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Rigotto cobra atenção à agropecuária gaúcha do governo federal ao inaugurar Expointer oficialmente

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O governador Germano Rigotto inaugurou oficialmente a 28ª Expointer, hoje (2) à tarde, no palanque da pista central do Parque Assis Brasil, em Esteio, afirmando que o produtor rural rio-grandense acumulou, neste ano, muito mais perdas do que ganhos: perdeu com a seca, perdeu nos preços, nos juros, no câmbio e nas restrições ao crédito. Mas não perdeu a vontade de trabalhar, de produzir e de extrair riqueza do solo. Ao dirigir-se ao ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, que representou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na solenidade, o governador lembrou que o Governo do Estado encaminhou ao governo federal, no último dia 24, um conjunto de reivindicações vitais à agropecuária gaúcha. A primeira delas é que os produtores sejam contemplados com aportes financeiros diferenciados, de modo que possam recompor sua capacidade de investimentos, prejudicada pelas conseqüências da estiagem. Rigotto propõe que recursos já destinados para financiamentos a outros estados e não-contratados sejam redirecionados ao Rio Grande do Sul, para atender às demandas do Estado. A atividade primária do Rio Grande do Sul tem um compromisso histórico com a qualidade, a competitividade, a tecnologia e a abertura de mercados para todas as escalas de produção, disse Rigotto durante o discurso. Fazem parte também das reivindicações endereçadas ao Ministério da Agricultura o acesso ao crédito pelos produtores que não buscaram recursos oficiais para a lavoura na safra anterior e que a taxa de juros seja a de financiamento rural, de 8,75%, especialmente para médios e grandes agricultores, devido aos baixos preços das commodities agrícolas e do elevado custo de produção. Para os recursos reservados ao custeio da safra atual, foi solicitada a revisão de volume, porque, sem contar com mais verbas, os agricultores não terão como se adequar ao nível tecnológico mínimo exigido. Para os contratos de custeio da soja e do milho produzidos pela agricultura familiar, Rigotto reivindica que eles sejam distintos um do outro. Para terminar com a guerra fiscal, apresenta como solução a equalização tributária entre os estados. Propõe também que seja fixado para o arroz um preço mínimo compatível com os gastos de cultivo e que se adotem medidas para compensar os produtores pelos prejuízos decorrentes da concorrência de grãos importados do Mercosul. Incluem-se ainda na relação das providências esperadas do governo federal a prorrogação da securitização e da Pesa, o repasse imediato de novos recursos para a próxima safra de arroz, o aumento de 12% para 35% da tarifa externa comum (TEC) incidente sobre o arroz no Mercosul, a liberação de recursos do governo federal para aquisição de estoques excedentes do produto, a celebração efetiva do Sistema Único de Atenção à Saúde Animal e destinação de verbas para execução de ações referentes ao sistema unificado de saúde animal e vegetal. Nossos produtores sabem que estas reivindicações não são exóticas nem descabidas. E menos ainda prejudiciais a quem quer que seja. Bem ao contrário, são providências indispensáveis à realização daquilo que em anos anteriores se revelou como a plataforma de lançamento do Brasil para o ambiente seguro e promissor da credibilidade externa, da estabilidade da moeda e da geração de divisas, disse Rigotto. O governador foi enfático também ao dizer que o agronegócio é responsável por quase metade do Produto Interno Bruto (BIP) do Rio Grande do Sul e que, em 3% do território brasileiro, o trabalho de homens e mulheres do campo tem gerado mais de 15% de todos os grãos plantados no país. Mas não estamos livres dos flagelos. E este ano de 2005 colocou a lavoura gaúcha sob a mais inclemente estiagem dos últimos 60 anos. Se há registro na história de outras estiagens mais extensas do que esta em tempos remotos, certamente nenhuma delas causou tanto dano à nossa economia, porque nunca antes havíamos plantado tanto, continuou. A frustração da safra gaúcha causada pela estiagem foi de tal proporção, conforme destacou o governador, que afetou sensivelmente também a safra brasileira e as exportações nacionais. Mas, como tenho dito, o Rio Grande do Sul sacode a poeira da seca dá a volta por cima, realizando esta extraordinária Expointer, na qual exibe a qualidade de seus rebanhos, de seus produtos agrícolas, de suas máquinas e implementos, da sua agricultura familiar, de seu artesanato e de sua cultura, tão fortemente enraizada no meio rural, ressalvou. A Expointer foi destacada também por Rigotto como um local de convergência de produtores rurais de outros estados brasileiros e do exterior. Desde que assumimos o governo - afirmou -, estamos empenhados em fazer com que a Expointer cresça, evolua na sua condição de esplêndida vitrina do aronegócio, ganhe crescente projeção nacional e se internacionalize cada vez mais. Para isso, investimos, estabelecemos parcerias, ampliamos as instalações e promovemos grandes melhorias na infra-estrutura do parque. Também para isso, em 2003, pensamos e fizemos a Expointer da Paz, da união de esforços, da conciliação. Em 2004, fizemos a Expointer do Crescimento. E, neste ano, com ainda maior empenho, abrimos os portões para a Expointer da Superação. Atração A solenidade de inauguração da Expointer 2005 foi aberta com a interpretação do Hino Nacional pelo tenor Pedro Szobot. Depois, o público assistiu à coreografia de Milonga para as Missões, pela Cadica Companhia de Dança (de Cadica Borghetti), que colocou em destaque as bandeiras do Brasil e do Rio Grande do Sul. Desfilaram também pela pista central do parque as bandeiras dos demais países que participam da 28ª Expointer - Argentina, Alemanha, Áustria, Camarões, Chile, China, Equador, Uruguai, Peru e Reino Unido. A seguir, a companhia de dança fez uma apresentação conjunta com a Banda da Brigada Militar (regida pelo sargento Sérgio Barauto) e os Cavalarianos do 4º Regimento de Polícia Montada da Brigada Militar, que faz o policiamento montado de Porto Alegre e a guarda dos poderes constituídos. O espetáculo mostrou um poupourrit de canções gaúchas e colocou em evidência o povo, os animais, as cores e as tradições do Rio Grande do Sul. Depois de discursar, o governador Germano Rigotto pediu à Cadica Borghetti que o grupo interpretasse Querência Amada. Foram atrações também o tradicional desfile dos grandes campeões da Expointer - que exibe na pista central os animais premiados das mais diferentes raças - e grupos de dança da Capital e do Interior que participaram recentemente do Enart (um dos maiores festivais do país), em coreografias de músicas típicas da cultura gaúcha, cantadas pelos músicos Daniel Castilhos, Wagner Ávila e José Luís Júnior. No final, o Hino Rio-Grandense foi interpretado pela cantora Fátima Gimenez, acompanhada pelos músicos Luís Carlos Borges, Pirisca Grecco, Erlon Péricles, Duka Duarte, Paulinho Goulart e Rafael Bisogno. Durante a execução do hino, Priscila Nunes e Ricardo Peres, que interpretam os personagens Giuseppe e Anita Garibaldi no espetáculo A Saga de Giuseppe Garibaldi em Capivari do Sul, cavalgaram na pista central. O espetáculo será apresentado na Expointer neste sábado, a partir das 19h, no mesmo local. Para encerrar a cerimônia, o governador e a primeira-dama Claudia Rigotto receberam a bandeira do Rio Grande do Sul, conduzida por Priscila Nunes e Ricardo Peres. (Aguarde matéria completa)
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