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Rigotto e direção da Votorantim confirmam investimento de US$ 1,3 bi na Metade Sul

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20051103124344it0511031000-42a.jpg - Foto: Itamar Aguiar / Palácio Piratini
O governador Germano Rigotto e o diretor-presidente da Votorantim Celulose e Papel (VCP), José Luciano Penido, anunciaram, nesta quinta-feira(3), em ato realizado no Salão Alberto Pasqualini do Palácio Piratini, o início do processo de licenciamento socioambiental para construção de uma fábrica de celulose branqueada de eucalipto na Metade Sul do Estado. A nova planta ocupará uma área de 400 a 500 hectares, no eixo Rio Grande-Pelotas-Arroio Grande, e deverá produzir 1 milhão de toneladas de celulose por ano. Durante o período de implantação, serão gerados 8 mil postos de trabalho e, a partir do início da operação, 2 mil novos empregos diretos e indiretos. O investimento na unidade industrial e na base florestal que vai gerar a matéria-prima para a produção de celulose totatlizará US$ 1,3 bilhão. A Metade Sul passa a ter a possibilidade concreta de um desenvolvimento que não acontecia, porque não surgiam novas vocações econômicas na região, afirmou Rigotto, observando que o valor anunciado para o empreendimento é superior ao investimento de uma montadora. De acordo com o diretor-presidente da VCP, a empresa está aplicando as melhores práticas empresariais no projeto e poderá, no futuro, manter ainda uma indústria de fabricação de papel no Rio Grande do Sul. Também segundo ele, o processo de licenciamento que se inicia agora é resultado do relacionamento estabelecido pela Votorantim, nos últimos 19 meses, com todos os segmentos da Metade Sul gaúcha. Saudado como importante alternativa de desenvolvimento para a região, o empreendimento vai destinar sua produção aos mercados europeu, asiático e norte-americano, com escoamento pelo Porto de Rio Grande - um dos poucos do país ainda com capacidade de expansão, conforme observou Penido. A decisão de darmos uma nova forma de desenvolvimento à Metade Sul, com esta base florestal, sempre nos comove. Ao percorrer municípios da região, se observa a confiança manifestada pelas pessoas, disse o secretário do Desenvolvimento e dos Assuntos Internacionais, Luis Roberto Ponte. Projetos A VCP vem investindo no Rio Grande do Sul desde o primeiro ano do governo Germano Rigotto, quando passou a comprar terras para o cultivo de florestas. Já foram adquiridos 67 mil hectares em 14 municípios. Ao todo, 30 municípios se beneficiam dos projetos desenvolvidos no Estado. Somente em 2004, a empresa plantou 11,5 mil hectares de eucalipto em terras próprias no Rio Grande do Sul. Até o final deste ano, terão sido cultivados mais 12 mil hectares em áreas próprias e 5 mil hectares em terras de terceiros, por meio de parceria, arrendamento ou do Programa Poupança Florestal, que incentiva produtores da região onde a VCP atua a plantarem eucalipto. Lançado em 19 de abril do ano passado, no Palácio Piratini, o programa oferece apoio técnico, linhas de financiamento e garantia de compra da produção. Atualmente, tem 4 mil produtores inscritos, 400 cadastrados e 130 contratos em andamento, o que corresponde a 5 mil hectares de plantio. Desde que optou pelo Rio Grande do Sul para instalar sua base florestal, a VCP já aplicou R$ 220 milhões no Estado. No final deste ano, os recursos terão alcançado R$ 310 milhões. Foram criados, nesses quase três anos, 900 empregos diretos e 2,5 mil indiretos. Para os próximos cinco anos, a meta da VCP é chegar a 140 mil hectares cultivados, utilizando 50% da área para plantio de eucaliptos e reservando a outra metade para preservação. Em áreas de terceiros, a empresa planeja plantar ainda outros 30 mil hectares. Está em fase de conclusão pela empresa, no Rio Grande do Sul, o maior viveiro florestal coberto do Brasil, de 20 hectares, de onde sairão 30 milhões de mudas por ano. Receptividade Penido destacou que a escolha do Rio Grande do Sul se deu pela receptividade do Governo do Estado, a competência da mão-de-obra disponível - somada à cultura, aos hábitos e aos valores gaúchos -, o clima e a disponibilidade de terras. Tudo isso, conforme ressaltou, possibilitará uma produção imbatível de eucaliptos e celulose. O diretor-presidente da VCP também explicou que a matéria-prima para a produção de celulose só é obtida depois de sete anos a partir do início do cultivo. Paralelamente à atividade industrial, a Votorantim continuará desenvolvendo projetos e pesquisas ambientais, com o propósito de compensar o impacto na natureza. A empresa está comprometida com um rigoroso controle do processo produtivo, no qual serão utilizadas tecnologias limpas.
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