O governador Germano Rigotto homenageou, hoje (9) à noite, o maestro Isaac Karabtchevsky, diretor artístico e regente titular da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (Ospa), com a Comenda do Ponche Verde, no grau de Grande Oficial. A condecoração, entregue no Palácio Piratini, foi criada para destacar nomes que se tornam dignos de gratidão da população gaúcha e para reconhecer publicamente personalidades devotadas à causa do bem comum, da paz, do desenvolvimento e da fraternidade. Desejando que o maestro continue por muito tempo ainda regendo a Ospa, o governador falou do orgulho que os gaúchos sentem da orquestra e disse que a comenda entregue a Karabtchevsky representa apenas um pequeno pedaço do agradecimento de todos que acompanham o trabalho dele ao longo de anos e, em particular, de quem atua em cultura. Rigotto disse também que o Rio Grande do Sul orgulha-se dos indicadores culturais positivos que apresenta e afirmou que as etapas para que a Ospa venha a ter seu teatro próprio, conforme merece, estão sendo vencidas. Referiu-se ainda ao concurso realizado pelo Estado para preencher vagas que estavam abertas na orquestra, em atendimento à reivindicação feita pelo maestro e pelo presidente da Ospa, Ivo Nesralla, no primeiro encontro de trabalho que tiveram logo depois de ter assumido o governo. Momento mágico Isaac Karabtchevsky, que recebeu o título de cidadão porto-alegrense em dezembro de 2005, é diretor artístico e regente titular da Ospa desde janeiro de 2003. Ao receber a comenda, disse que, pelo apoio do Governo Rigotto à orquestra e pela honraria concedida pelo Estado, sente-se em um momento mágico de sua vida. Para o maestro, a ligação dos gaúchos com a Ospa, testemunhada por ele, é única no panorama cultural brasileiro e do mundo. É uma ligação que extravasa os limites da própria cidade e aglomera músicos e população em um fenômeno indissolúvel. Nunca vi, nos 20 anos em que morei fora do país, uma comunidade prestigiar tanto a sua orquestra como aqui, afirmou. No final da cerimônia, a orquestra de cordas da Ospa executou o primeiro movimento da Pequena Serenata Noturna de Mozart, com regência do maestro Manfredo Schmiedt. Estiveram presentes também os secretários estaduais da Cultura, Victor Hugo, e do Meio Ambiente, Claudio Dilda, o presidente da Ospa, Ivo Nesralla, e sua esposa, Paulita Nesralla, a esposa do maestro homenageado, Maria Helena Karabtchevsky, a presidente do Theatro São Pedro, Eva Sopher, e o presidente da Fundação Pablo Komlos, Lauro Schirmer. Mozart Karabtchevsky é o maestro mais conhecido no país, por seu trabalho como regente titular da Orquestra Sinfônica Brasileira, cargo que exerceu por duas décadas. Também dirigiu, em períodos esparsos, a Orquestra do Teatro Municipal de São Paulo. Durante os anos em que residiu fora do Brasil, atuou como diretor do Teatro La Fenice, de Veneza, na Itália, de 1995 a 2001, e como diretor artístico da Tonkunstler Orchester, de Viena, na Áustria, entre 1988 e 1994, com a qual fez várias turnês internacionais. Paralelamente ao trabalho à frente da Ospa, é também diretor musical da Orchestre Nationale dês Pays de la Loire e diretor musical das Óperas de Nantes e Angers, na França. No Brasil, é também diretor artístico da Orquestra Sinfônica Petrobras Pró-Música. Nesta terça-feira, depois da homenagem no Palácio Piratini, Karabtchevsky regeu um concerto na Catedral Metropolitana com repertório de obras sacras de Mozart, em homenagem aos 250 anos de nascimento do compositor austríaco. Juntamente com seu Coro Sinfônico e os solistas, soprano Elisa Machado, contralto Angela Diel, tenor Pedro Szobot e barítono Daniel Germano, a Ospa interpretou a Missa da Coroação em Dó Maior, o Moteto Exsultate, Jubilate, K. 165, para Soprano e Orquestra, o Réquiem, Ave Verum Corpus, K. 618 e Alleluia do Messiah de Haendel, com arranjo de Mozart. No próximo domingo, a orquestra fará concerto em homenagem ao Dia das Mães, às 11h, no Salão de Atos da Ufrgs, com solo da pianista Cristina Capparelli. O programa terá algumas das obras mais conhecidas de Mozart, como a Abertura Bodas de Fígaro, o Concerto nº 21 em Dó Maior, para Piano e Orquestra, com solo de Cristina Capparelli, e a Sinfonia nº 40, em Sol Menor - a mais apreciada do compositor. Com esses concertos, Karabtchevsky dá início à Série Mozart, Eterno Mozart.