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Rigotto entrega Medalha Simões Lopes Neto a Carlos Vilaró

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Governador Germano Rigotto durante solenidade de outorga da medalha Simões Lopes Neto ao artista uruguaio Carlos Páez Vilaró, que expõe sua obra na Galeria Iberê Camargo.
Medalha Simões Lopes Neto - Foto: Ivan de Andrade/Palácio Piratini
O governador Germano Rigotto entregou, hoje (29) à tarde, no Palácio Piratini, a Medalha Simões Lopes Neto ao artista plástico uruguaio Carlos Páez Vilaró. A condecoração é oferecida a personalidades que se distinguiram por sua excepcional atuação no campo da cultura, das artes, das letras, das ciências, da educação, da magistratura ou do magistério, sendo elas gaúchas, de outros estados ou nacionalidades. Na ocasião, Rigotto disse que é muito importante homenagear Vilaró com a Medalha Simões Lopes Neto por se tratar de condecoração dada a poucos ao longo do tempo. Nada melhor do que Vilaró receber esta condecoração como reconhecimento do Rio Grande do Sul, sua história e obra, afirmou o governador. Durante a outorga, Vilaró agradeceu ao governador e lembrou que seus avós maternos eram gaúchos e, talvez por isso, tenha tamanho gosto pelo Estado. Me sinto como se estivesse recebendo algo que não mereço, pensando em meus avós, que são desta terra, disse emocionado o artista. Ele também manifestou vontade de deixar, como presente para o Estado, um pouco de sua pintura num muro qualquer. Quando vejo espaço em branco, sinto vontade de jogar as cores. Para mim, somente com cores fortes é que me sinto feliz, afirmou Vilaró. Germano Rigotto ressaltou que a medalha significa a integração do Rio Grande do Sul com o Uruguai, desta vez nas artes. A integração comercial, de negócios e feiras do Rio Grande do Sul com o Uruguai é ótima, mas melhor mesmo é a integração cultural, destacou o governador. Estou muito feliz de saber que podemos ter uma obra de Vilaró permanentemente exposta na nossa Porto Alegre, acrescentou. Participaram da cerimônia o presidente do Grupo Sonae, Sérgio Maia, e o secretário da Cultura, Roque Jacoby Carlos Vilaró Carlos Páez Vilaró nasceu em Montevidéu, em 1º de novembro de 1923. Marcado por forte vocação artística, partiu, na juventude, para Buenos Aires, onde vinculou-se ao meio das artes gráficas como aprendiz de linotipista de imprensa, em Barracas de Avellaneda. Ao voltar ao Uruguai, na década de 40, começou a manifestar-se artisticamente, motivado pelo movimento do candômbe e pelas influências afro-orientais. Na pintura, na escultura, na cerâmica, no cinema e na literatura trabalhou com tanta paixão que deixou em cada arte sua marca. Conheceu Picasso, Dali, De Chirico e Calder em seus locais de trabalho e viveu com o doutor Albert Schweitzer em seu Leprosário de Lambarené. Páez Vilaró, integrando a expedição francesa Dahlia, realizou, na África, o filme Batouk, escolhido para encerrar o festival de cinema de Cannes. Em toda sua vasta trajetória de realizações o artista manteve com firmeza sua lealdade ao tema afro-uruguaio, ao qual segue dedicando todo o seu tempo.
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