Rigotto expõe a deputados avanço da Metade Sul com o florestamento
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O governador Germano Rigotto disse, hoje (14) pela manhã, que, apesar dos problemas enfrentados pelo Rio Grande do Sul por causa das perdas de safras em conseqüência de estiagens, da supervalorização do real em relação ao dólar e de produtos agrícolas com preços de comercialização inferiores aos de produção, a Metade Sul não sentiu os efeitos e está gerando renda e empregos. Isso se deve, em grande parte, conforme o governador, aos projetos de florestamento atraídos para lá e que estão transformando o perfil econômico e social da região. A afirmação foi feita durante encontro, no Palácio Piratini, com um grupo de deputados estaduais gaúchos que viajou à Finlândia, entre os dias 5 e 7 deste mês, para conhecer empreendimentos florestais do país. A chamada Missão Florestamento – que incluiu visita à fábrica da Stora Enso – foi coordenada pelo deputado Berfran Rosado, também coordenador da Frente Parlamentar Pró-Florestamento da Assembléia Legislativa. Rigotto falou aos deputados sobre a importância do setor para o desenvolvimento do Rio Grande do Sul, citou projetos em andamento no Estado e disse que toda a equipe do governo estadual está envolvida, desde o início da administração, com a proposta de expandir investimentos nessa área. Rigotto ressaltou que o florestamento com a finalidade de obtenção de matéria-prima industrial, da maneira como é praticado hoje, não representa agressão ao meio ambiente, já que, paralelamente, ocorre a recuperação da mata nativa. Da mesma forma, a indústria de celulose e papel, que utiliza a cultura florestal, não polui como em épocas passadas, graças às modernas tecnologias desenvolvidas. O governador comparou essa evolução ao que acontece com a energia gerada do carvão, hoje considerada energia limpa, pela possibilidade de ser usada sem prejuízo à natureza. Grande projeto A atração de investimentos florestais e os empreendimentos de celulose e papel que eles trazem junto são, de acordo com Germano Rigotto, um grande projeto de desenvolvimento para o Rio Grande do Sul. Como investimentos confirmados, o governador lembrou os que estão sendo feitos pela Stora Enso, pela Aracruz Celulose e pela Votorantim Celulose e Papel. A Stora Enso está aplicando US$ 50 milhões na compra de 50 mil hectares de terras, em oito municípios, para plantação de florestas. As regiões escolhidas foram a Metade Sul e o Oeste do Estado, entre Alegrete e Rosário do Sul. Serão gerados entre mil e 1,5 mil empregos. Futuramente, a madeira produzida será destinada a uma unidade industrial de papel e celulose, que deverá ser instalada na Fronteira Oeste. Também na Metade Sul, a Votorantim aplicou R$ 100 milhões na aquisição de 40 mil hectares de terras em 14 municípios, num raio de 200 quilômetros, entre Rio Grande, Bagé e o norte do Uruguai, para implantação de viveiro com capacidade para 30 milhões de mudas de eucalipto/ano e 500 mil mudas anuais de espécies da flora nativa. Com investimento de R$ 150 milhões, a Aracruz Celulose inaugurou em janeiro a expansão da planta industrial em Guaíba, o que permitiu o aumento da produção de 400 mil toneladas anuais de celulose branqueada de eucalipto para 430 mil toneladas/ano. No Horto de Barba Negra, em Barra do Ribeiro, a empresa implantou um novo viveiro. A Aracruz recicla 99,4% dos resíduos industriais. Como meta para até 2010, planeja utilizar apenas 15% da água consumida hoje na produção. Estiveram com o governador os deputados Berfran Rosado, Edson Brum, Marco Peixoto, José Sperotto, Vieira da Cunha e Pedro Westphalen, o vice-presidente da Stora Enso Divisão América Latina, Otávio Pontes, o diretor de operações da Aracruz Celulose, Walter Lidio Nunes, o diretor florestal, João Fernando Borges, o gerente regional florestal, Renato Alfonso Rostirolla, e o gerente de relações com a comunidade, Francisco Bueno.