O governador Germano Rigotto inaugurou, no final da manhã de hoje (28), o novo escritório da Unesco em Porto Alegre afirmando que, com a organização das Nações Unidas ao lado, o Rio Grande do Sul ganha ainda mais possibilidades de ser o primeiro Estado brasileiro a erradicar o analfabetismo. Também enfatizou que o Rio Grande do Sul poderia tomar como modelo programas importantes desenvolvidos em outras regiões do país em parceria com a Unesco, nas áreas social, de saúde e educação, assim como exportar projetos que vêm sendo executados com sucesso pelo Estado. A cerimônia, com a presença da diretora-técnica da Unesco, a gaúcha Marlova Jovchélovitch Noleto, foi realizada no prédio da Caixa RS Agência de Fomento, onde está instalado o escritório, coordenado por Alessandra Schneider. Entre os programas estaduais bem-sucedidos em andamento, Rigotto citou o Primeira Infância Melhor (que estimula o desenvolvimento integral de crianças de zero a seis anos), o Saúde da Família, o Escola Aberta para a Cidadania (que oferece atividades sociais, esportivas, de lazer e educacionais, nos finais de semana, em 150 escolas da rede pública, contribuindo dessa maneira para a redução da violência e do uso de drogas entre jovens) e projetos de combate a doenças sexualmente transmissíveis. A Unesco já é parceira do Rio Grande do Sul, por exemplo, no Escola Aberta e nos programas Implementação do Plano Estadual de Reforma e Expansão da Educação Profissional e Alfabetiza Rio Grande, aplicado nas 30 regiões do Estado, envolvendo população de 15 anos para cima. Além desses, ainda contam com cooperação técnica da organização o projeto de Fortalecimento Institucional e Potencialização Técnica da Escola de Saúde Pública, o Atenção Básica (que apóia a capacitação de profissionais da equipe de Saúde da Família) e o Plano de Ações e Estratégias em Saúde Pública para o Combate às Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e HIV/Aids. Hoje (28), o Governo do Estado está lançando mais um programa apoiado pela Unesco, o Escola de Tempo Integral, com o propósito de proporcionar maior permanência de crianças na escola. Em 21 escolas públicas envolvidas, os estudantes terão atividades pedagógicas e educacionais enquanto os pais estiverem trabalhando. Compromisso O representante da Unesco no Brasil, Jorge Werthein, afirmou que a reabertura do escritório em Porto Alegre - que estava fechado desde 2000 - deve-se ao comprometimento do Governo do Estado com o desenvolvimento social e ao fato de o Rio Grande do Sul ser um Estado representativo da Federação. Dificilmente encontramos na América Latina governantes com a decisão do governador Germano Rigotto para combater problemas sociais, ressaltou. Disse também estar certo de que o Rio Grande do Sul está no caminho adequado para reduzir o índice de pessoas que não sabem ler e escrever, e sair na frente dos outros estados do Brasil na erradicação do analfabetismo. Segundo ele, a Unesco também aprenderá com a experiência do Rio Grande do Sul em programas sociais. O presidente da Caixa, Dagoberto Lima Godoy, definiu o ato como um momento emblemático da missão assumida pelo Governo do Estado. Desde o primeiro momento da administração Rigotto, entendemos que a Caixa RS estava incumbida de contribuir não apenas para o desenvolvimento econômico, mas também para o desenvolvimento social, e que ambos não poderiam ocorrer isoladamente, disse. Os programas sociais de Porto Alegre vão ser avaliados pela população em pesquisa a ser realizada pelo novo escritório da Unesco. Serão ouvidas pessoas com mais de 16 anos, sobre a participação popular nas decisões administrativas do município e a rede de proteção às famílias em situação de vulnerabilidade social. Ao fazer referências positivas ao trabalho desenvolvido na área social pelo Estado, o prefeito da Capital, João Verle, observou que Porto Alegre já foi premiada três vezes consecutivas por ações em benefício infantil. Presenças Participaram também da cerimônia os secretários do Desenvolvimento e dos Assuntos Internacionais, Luis Roberto Ponte, da Educação, José Fortunati, da Saúde, Osmar Terra, da Cultura, Roque Jacoby, e da Coordenação e Planejamento, João Carlos Brum Torres, o presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Criança, Raul Oliveira, o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, Eliezer Pacheco, o representante do Ministério da Ciência e Tecnologia, Vanderlan Vasconselos, a representante do Conselho Nacional de Educação, Maria Luce, o vice-presidente do Conselho Estadual de Educação, Lênio Mâncio, o representante do Ministério Público, Simoni Mariano da Rocha, a representante da Procuradoria-Geral do Estado, Márcia Azário, o representante da Ajuris, Leoberto Brancher, o representante do Tribunal de Justiça do Estado, Jaime Pitermann, o presidente da Associação Riograndense de Imprensa (ARI), Ercy Torma, os presidentes da CEEE, Antonio Carlos Brites Jaques, e da Corsan, Vítor Bertini,o representante da Assembléia Legislativa, deputado Manoel Maria, a deputada Maria do Rosário (membro da Comissão de Educação da Câmara Federal), o prefeito de São Jerônimo, Urbano Knorst, representando a Famurs, e o vereador Gérson Almeida (representando a Câmara Municipal de Porto Alegre), além de outras autoridades e dirigentes de estabelecimentos de ensino. O Hino Nacional e o Hino Rio-Grandense foram tocados em um serrote pelo músico Paulinho Pires.