Governo do Estado do Rio Grande do Sul
Início do conteúdo

Rigotto inaugura Usina Monte Claro destacando investimentos de R$ 14 bilhões no Estado

Publicação:

Governador do Estado do RS Germano Rigotto e o Presidente da Republica Luis Inácio Lula da Silva durante a solenidade de inauguração da Hidrelétrica do Rio das Antas (Projeto Ceran). Na foto: Governador do Estado ro Rio Grande Do Sul Germano Rigotto, Mini
20050111135026usina04.jpg - Foto: Nabor Goulart / Palácio Piratini
O governador Germano Rigotto e o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, inauguraram, no final da manhã de hoje (11), a primeira turbina da Usina Hidrelétrica Monte Claro, da Companhia Energética Rio das Antas (Ceran), na localidade de Nossa Senhora da Glória, no município de Veranópolis. A entrada em operação desta primeira máquina representa economia de 65 megawatts (MW) nas importações de energia pelo Rio Grande do Sul, ou de R$ 25,5 milhões por ano. Em fevereiro, quando será inaugurada a segunda turbina, também de 65 MW - consumo de uma cidade com 180 mil habitantes -, a economia projetada passará a R$ 51 milhões. O investimento total na Monte Claro, para geração dos 130 MW totais, será de R$ 249 milhões. É possível, presidente Lula, que a civilização que temos não seja a de nossos melhores sonhos, disse Rigotto na solenidade, acompanhada por 1,5 mil pessoas. Nosso governo vem agindo com determinação na atração de investimentos produtivos, acrescentou, ao citar que, em dois anos, o resultado deste empenho se consolida em números que impressionam sobre as potencialidades do Estado: 145 empresas de médio e grande portes se instalando no Rio Grande do Sul ou ampliando empreendimentos que já mantinham no Estado. São R$ 14 bilhões, e há outro tanto em fase de decisão. Isso é progresso. Isso é demanda de infra-estrutura. É, especialmente, demanda de energia, disse Rigotto. Também descerraram a placa inaugural o presidente da República, a ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, o secretário de Energia, Minas e Comunicações, Valdir Andres, o prefeito de Veranópolis, Waldemar de Carli, e os sócios do empreendimento. Capacidade máxima Segundo o governador, a capacidade de atendimento do RS é de 4.615 MW e a demanda máxima, que foi de 4.216 MW no dia 14 de abril de 2004, deverá alcançar a marca de 4.382 MW em março de 2005. Tais números mostram que o Estado está a dois anos de atingir sua capacidade máxima. Torna-se imperioso que se garanta uma série de obras para que o abastecimento se preserve de forma segura nos próximos anos. Eis a razão de nossa insistente atuação, através do secretário Valdir Andres, junto aos agentes do sistema, para garantir a implantação de obras. Vale lembrar que também a auto-suficiência é um objetivo a ser alcançado. Nosso Estado ainda tem que buscar fora 34% da energia que consome, afirmou Rigotto. Rigotto fez ainda uma avaliação detalhada da diversificação da matriz energética do Estado e dos projetos de investimentos, que ultrapassam US$ 2 bilhões, relacionados a pequenas centrais hidrelétricas (pchs), gás, jazidas de carvão, energia eólica, biomassa, Candiota III, Seival, CTSUL, retomada de Jacuí e do grande sonho de viabilização da obra da Usina Hidrelétrica Binacional Garabi. A hidrelétrica de 1,8 mil MW vai gerar 10 mil empregos na construção e 30 mil indiretos com US$ 2 bilhões de investimentos. Obra de referência Estamos inaugurando uma obra que atende não só às necessidades prementes, mas também ao desenvolvimento de longo prazo do país. O Complexo Ceran, do qual faz parte a usina de Monte Claro, constitui-se no primeiro processo de avaliação integrada de bacias, realizadas no país, para fins de licenciamento ambiental de empreendimentos energéticos, afirmou o presidente da República. A obra seguiu um rigoroso padrão de preservação do meio ambiente, o que deverá servir como referência aos demais projetos que estão sendo implementados pelo governo, complementou o presidente. Lula previu a conclusão do complexo de três usinas para 2007 com uma geração de R$ 4 milhões/ano receita em ISS para sete municípios localizados no entorno do Ceran e mais R$ 3,7 milhões/ano a título de royalties a serem divididos 50% para o Estado 50% aos municípios. A ministra Dilma Rousseff afirmou que 12% dos projetos de geração de energia elétrica nova no Brasil - para a produção total de 3,3 mil MW -, estão localizados no Rio Grande do Sul: 12 pchs, cinco usinas eólicas e uma térmica de casca de arroz. Ela disse que a Eletrobrás trará ao Estado, em breve, uma missão da China para avaliar a continuidade de Candiota III e que entre os anos 2005 e 2006 o Estado receberá entre 1,8 bilhão a 2 bilhões no setor de energia. Ela destacou Monte Claro e o Complexo Ceran como uma hidrelétrica com as características mais eficientes na geração e com o menor impacto ambiental por MW produzido. Impacto A nova usina faz parte de um complexo que vai incluir outras duas hidrelétricas no Rio das Antas - a Castro Alves e a 14 de Julho - e no qual a CEEE tem 30% de participação. Um empreendimento como este, além de proporcionar empregos, significa retorno em royalties e aumento de arrecadação municipal e estadual, enfatiza o governador. A Usina Monte Claro criou 2 mil empregos temporários na região de Veranópolis, com impacto altamente positivo na dinamização da economia dos municípios circunvizinhos. Os restaurantes estão fornecendo 2 mil refeições diárias - mil durante o dia e outras mil à noite. O comércio e os proprietários de imóveis também registram bons negócios. Em 2003, o investimento total no complexo Ceran era calculado em R$ 675 milhões, com 66% financiados pelo BNDES e 34% cobertos pela Ceran. A expectativa é de que o complexo traga para os municípios de Veranópolis, Nova Roma do Sul e Cotiporã um incremento de R$ 4 milhões em ICMS. A construção ganhou impulso em 2003, quando o Governo do Estado priorizou o projeto e passou a tratar, diretamente com o BNDES, do aporte financeiro necessário. Como apoio ao repasse de recursos, Rigotto determinou a entrada do Banrisul, Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e da Caixa RS como parceiros do BNDES. Além das duas instituições financeiras estaduais, o Banco do Brasil também integrou-se ao projeto como repassador. Constituída em janeiro de 2001 como Sociedade de Propósito Específico (SPE), a Ceran é resultado de um consórcio formado, além da CEEE, pela CPFL Geração de Energia (detentora de 65% das ações) e pela Desenvix (de 5%). Quando as três usinas estiverem operando, serão produzidos 360 MW, potência equivalente ao consumo de Bento Gonçalves, Veranópolis, Cotiporã, Nova Roma do Sul, Nova Pádua, Flores da Cunha e Antônio Prado, juntas. Com isso, o Estado cortará mais R$ 150 milhões/ano das despesas com a compra de energia externa. A demanda média do Estado por energia, em 2004, foi de 2,764 mil MW, dos quais foi importada uma média de 928 MW. A compra feita pelo Rio Grande do Sul do sistema interligado nacional foi de aproximadamente R$ 900 milhões. O complexo O reservatório da Hidrelétrica Castro Alves ocupará uma área de 5 quilômetros quadrados, entre Nova Pádua e Nova Roma do Sul, próximo à balsa. A margem direita abrangerá os municípios de Nova Roma do Sul e Antônio Prado e a margem esquerda cruzará Nova Pádua e Flores da Cunha. Serão três unidades geradoras. A primeira turbina deverá estar pronta em julho de 2006, com 43,3 MW de potência. A segunda deverá funcionar a partir de setembro de 2006, também com 43,3 MW, e a terceira, em novembro do mesmo ano, com igual potência. O investimento será de US$ 75 milhões. A Hidrelétrica 14 de Julho ficará localizada entre Cotiporã, Veranópolis (margem direita) e Bento Gonçalves (margem esquerda). O reservatório, também de 5 quilômetros quadrados, terá duas unidades geradoras, uma delas prevista para operar a partir de janeiro de 2007, com 50 MW, e a outra, com igual potência, em março do mesmo ano. Serão investidos US$ 74 milhões. Participaram também da cerimônia de inauguração o presidente do BNDES, Guido Mantega, o ministro de Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, o presidente do Operador Nacional do Sistema Elétrico, Mário Santos, o presidente do Conselho de Administração da CPFL, Carlos Ermírio de Moraes, o presidente da CPFL, Wilson Ferreira Júnior; o presidente da Desenvix, José Antunes Sobrinho, o presidente da CEEE, Antônio Carlos Brites Jaques, o senador Sérgio Zambiasi, o presidente da Ceran, Paulo Zuch, os prefeitos de Caxias do Sul, José Ivo Sartori, de Bento Gonçalves, Alcindo Gabrielli, de Farroupilha, Bolívar Antônio Pasqual, e de São Francisco de Paula, Décio Antônio Colla, deputados estaduais e federais.
Portal do Estado do Rio Grande do Sul